A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou hoje (28) que é grave o presidente Jair Bolsonaro querer interferir nas investigações sobre Ministério da Educação (MEC.
Assim, a ministra enviou para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido que o deputado Israel Batista (PSB-DF) apresentou para que se investigue o presidente.
Segundo o g1, o envio à PGR é praxe nesse tipo de caso. Isso porque cabe ao Ministério Público analisar se há indícios para abrir uma investigação.
Dessa forma, Cármen Lúcia escreveu em despacho:
“Considerando os termos do relato apresentado e a gravidade do quadro narrado, manifeste-se a Procuradoria-Geral da República”.
Por exemplo, a interceptação telefônica feita pela Polícia Federal, em 9 de junho, destaca o que o ex-ministro Milton Ribeiro disse a uma filha:
“Hoje, o presidente me ligou. Ele está com um pressentimento novamente de que podem querer atingi-lo através de mim, sabe?”, disse Ribeiro.
Em seguida, o ex-ministro afirma: “Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa, sabe? Bom, isso pode acontecer, se houver indícios, mas não há porquê”
Então, com base nessa e em outras gravações, o Ministério Público pediu autorização da Justiça para apurar se houve interferência de Bolsonaro nas investigações sobre Ribeiro.
Como resultado, o caso foi enviado para análise do STF, e a relatora é Cármen Lúcia.
“Segundo o próprio Ministério Público, há elementos que indicariam a possibilidade de vazamento das apurações no caso, com possível interferência ilícita por parte de Jair Bolsonaro”, disse deputado Israel Batista.
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Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil