Ex-suplente do senador Eduardo Braga (MDB-AM), o empresário Lírio Parisotto corre para não perder a Innova. Essa empresa foi adquirida pela Videolar junto à Petrobrás em 2014. Mas, agora, por descumprir acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o negócio pode ser desfeito.
Isso é o que está recomendando o Cade ao dono da Videolar, empresa que funcionou na Zona Franca de Manaus (ZFM) até 2014.
O conselho, portanto, reprovou a aquisição da Innova em decisão anunciada em abril deste ano. Vê a prática de duopólio e o não cumprimento de produção de insumos e de benefício ao consumidor.
A defesa de Parisotto entrou com recurso no órgão para manter o negócio. O processo está em fase de embargos de declaração pelo empresário.
Dessa maneira, a tendência é a Videolar-Innova se desfazer da operação, devolvendo os ativos à Petrobrás. Mas, a estatal já disse que não quer de volta.
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Parisotto e ZFM
O ex-suplente de senador fundou a Videolar na Zona Franca de Manaus (ZFM) em 1988 para produzir mídias (fitas VHS, K7, disquetes, CD e DVD).
Em 2014, o grupo encerrou essa produção de mídias. Foi então que Parisotto comprou a Innova por cerca de US$ 500 milhões.
Segundo a revista Forbes, o empresário tem fortuna estimada em US$ 1,5 bilhão, e não pretende dividir com a ex-namorada Luiza Brunet.
Além da Videolar-Innova, Parisotto administra o fundo Geração Futuro L.Par, que tem 70% dos investimentos em empresas de commodities, como Vale, CSN, Usiminas e Braskem.
Leia mais na matéria de Mônica Scaramuzzo, no Valor .
Foto: Reprodução/Blog do Ronaldo Tiradentes