O presidente Jair Bolsonaro disse, neste sábado (21), em defesa do filho, Flávio, que “se eu não tiver a cabeça no lugar, eu alopro. Que levem o caso dele de acordo com a alegação que está ali”, disse sobre a apuração que tem como pivô o ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz.
Na entrevista de mais de duas horas com jornalistas, acompanhada pela Folha, o presidente afirmou haver abuso por parte do Ministério Público do Rio de Janeiro nas investigações sobre a suspeita de um esquema de “rachadinha” tendo como base o gabinete de Flávio , no Rio de Janeiro, quando ele era deputado estadual.
Para o Ministério Público do Rio, o hoje senador lavou até R$ 2,3 milhões com transações imobiliárias em uma loja de chocolates.
A origem dos recursos estaria na “rachadinha”, coação de servidores para devolver parte do salário a parlamentares.
Meia desculpa
Bolsonaro, que havia atacado jornalistas na véspera, convidou a imprensa para degustar mangas no Palácio da Alvorada, mas serviu apenas água e café.
Ele considerou um erro o ataque a um repórter, mas não pediu desculpas por ofender a mãe do jornalista.
“Sim, eu erro, não deveria ter falado. No futebol, de vez em quando, manda o colega ir para a ponta da praia. É a minha maneira de ser, não dá para mudar isso aí. Pau que nasce torto. É o linguajar que eu tenho. Não vejo como ofensivo.”
Câncer descartado
O presidente afirmou que resultado de biópsia afastou a possibilidade de ele ter câncer de pele, disse acreditar que seu novo partido, o Aliança pelo Brasil, não será criado a tempo das eleições municipais do ano que vem (só haveria 1% de chance) e que a economia será a prioridade em 2020.
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Foto: Isac Nóbrega/PR