A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Caminhoneiro Autônomo e Celetista divulgou neste sábado (04) nota afirmando que “repudia veementemente qualquer ação ou pretensão declarada que viole as garantias constitucionais do Estado Democrático de Direito e da coexistência de poderes institucionais independentes e harmônicos entre si”.
Na nota da Frente, assinada pelo deputado federal Nereu Crispim (PSL/RS), a frente parlamentar versa sobre retrocesso social “inadmissível” os chamamentos articulados nas redes sociais para participação de caminhoneiros em atos do dia 7 de setembro, que “não podem ser tolerados, seja pela ilegitimidade de quem convoca, seja pela ilegalidade de suas pretensões.”
“Não há espaço para omissão dos representantes de direitos da categoria dos caminhoneiros autônomos e celetistas que devem expressamente manifestar-se contra ato atentatório dos pilares da democracia”, acrescenta o documento.
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Nesta sexta-feira (03), a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) informou que eventual participação de caminhoneiros nas manifestações do dia 7 de setembro “representará a vontade individual” do transportador, mas em nota a entidade não deixou claro se apoia ou não as manifestações ou se orienta a adesão de seus associados.
Convocação
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (03) que as manifestações previstas para o dia 7 de setembro serão um ultimato para “um ou dois” ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao falar sobre a renovação da Corte por meio de suas indicações, Bolsonaro disse que o país não poderia admitir que “uma ou duas pessoas” usando da força do poder dessem outro rumo para o Brasil.
O presidente, investigado no STF, não citou nomes especificamente, mas já afirmou em outras ocasiões que sua irritação é direcionada a Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso.
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Durante discurso realizado em evento na Bahia, o presidente disse que, embora possa jogar dentro das “quatro linhas da Constituição”, também poderia fazer valer “a vontade do povo” se alguém não a obedecesse.
“Essas uma ou duas pessoas têm que entender o seu lugar. E o recado de vocês povo brasileiro na próxima terça-feira será um ultimato para essas duas pessoas. Curvem-se à Constituição. Respeitem a nossa liberdade. Entendam que vocês dois estão no caminho errado. Porque sempre dá tempo para se redimir”, afirmou o presidente.
No mesmo discurso, Bolsonaro afirmou que não precisa “sair das quatro linhas da Constituição Federal”, mas fez a ressalva de que poderia tomar outra medida se “alguém quiser jogar fora dessas quatro linhas”.
“Nós não precisamos sair das quatro linhas da Constituição. Ali temos tudo que precisamos. Mas se alguém quiser jogar fora dessas quatro linhas nós mostraremos que poderemos fazer também valer a vontade e a força do seu povo”, disse Bolsonaro.
Posteriormente, o presidente disse acreditar que, após os atos de 7 de setembro, “aqueles um ou dois” saberão voltar para o seu lugar.
“Quem dá esse ultimato não sou eu, é o povo brasileiro, povo esse no qual nós todos políticos devemos lealdade”, afirmou.
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Foto: Reprodução/GGN