Fux exonera servidor que solicitou vacinas exclusivas para STF 

Em entrevista concedida à TV Justiça no dia 23 de dezembro, entretanto, o ministro defendeu o pedido de reserva das vacinas

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 28/12/2020 às 14:39 | Atualizado em: 28/12/2020 às 14:39

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux (foto), mandou exonerar o servidor que encomendou reserva de vacinas à corte. Trata-se, portanto, do secretário de serviços integrados de saúde, Marco Polo Dias Freitas.

O servidor foi o responsável, na ocasião, por solicitar à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) uma reserva de 7 mil doses da vacina contra a covid.

O imunizante atenderia, contudo, a ministros e servidores do tribunal, o que faria com que a corte “furasse a fila” de prioridades da vacinação. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo e republicadas pela Gazeta do Povo. 

Ao determinar a exoneração do secretário, portanto, Fux teria destacado que “sempre foi contra privilégios”, de acordo com o colunista.

Entretanto, em entrevista concedida à TV Justiça no dia 23 de dezembro, o ministro defendeu o pedido de reserva das vacinas. “Nós também temos que nos preocupar para não pararmos as instituições fundamentais do Estado”, disse. Fux fazia alusão ao Executivo, ao Legislativo e ao Judiciário.

Os poderes do Estado são, normalmente, “integrados por homens e mulheres que já têm uma certa maturidade”, disse o ministro

O ministro ponderou, no entanto, na exclusividade. “Nós fizemos, de forma educada e ética, um pedido dentro das possibilidades quando todas as prioridades forem cumpridas”.

Além do STF, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) pediu, também, reserva de vacinas à Fiocruz. A instituição negou, no entanto, ambas as solicitações. 

  

Foto: SCO/STF/arquivo