Atos golpistas: PGR já tem resultado da investigação do MP sobre generais

Um dos investigados pelo MP Militar é o chefe do Comando Militar do Planalto, general Dutra de Menezes. Ele era responsável pelas tropas que cuidavam da segurança do Planalto.

Golpistas Mais 152 bolsonaristas denunciados pela PGR por atos golpistas

Diamantino Junior

Publicado em: 10/03/2023 às 12:36 | Atualizado em: 10/03/2023 às 12:36

A PGJM (Procuradoria Geral de Justiça Militar) encaminhou à PGR (Procuradoria-Geral da República) na quinta-feira (09/3) apurações e autos sobre ações de generais durante os atos extremistas do 8 de Janeiro. 

Essa informação é de Caio Vinícius, publicada no portal Poder 360.

Segundo apurou o Poder360, íntegras de outros inquéritos contra militares que tramitavam no MP Militar foram enviadas ao MPF (Ministério Público Federal) e tiveram encaminhadas cópias completas ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.

Um dos investigados pelo MP Militar é o chefe do Comando Militar do Planalto, general Dutra de Menezes. Ele era responsável pelas tropas que cuidavam da segurança do Planalto.

Leia mais

Bolsonaro passa a investigado por atos antidemocráticos nas mãos de Moraes

O envio das investigações de integrantes das Forças Armadas cumprem a decisão de Moraes, que determinou que o STF é quem deve julgar os militares que cometeram supostos crimes durante o 8 de Janeiro. Ele também autorizou a instauração de uma investigação pela PF (Polícia Federal).

A atuação da Justiça Militar se restringirá apenas a crimes considerados infrações militares que, porventura, sejam identificados pelas investigações da PF.

O IPM (Inquérito Policial Militar) sobre conduta de militares do Batalhão da Guarda Presidencial, prorrogado por 20 dias em 24 de fevereiro, foi encaminhado a Moraes pelo juízo da 1ª auditoria da Justiça Militar, segundo apurou o Poder360.

Só dois processos ainda seguem sendo analisados pelo MP Militar. São as investigações contra os coronéis Adriano Testoni e José Placídio. Conforme antecipou o Poder360, duas promotoras do órgão em Brasília analisam os processos.

Casos

Andrea Helena Blumm Ferreira – cuidará do caso do militar da reserva coronel Adriano Testoni, que gravou vídeo xingando generais e chamando o Exército de “merda” durante o 8 de Janeiro;

Caroline de Paula Oliveira Piloni – avaliará o caso do coronel e ex-assessor do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), José Placídio, que apoiou os atos do 8 de Janeiro em seu perfil no Twitter.

Leia mais no Poder 360

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil