General, vice de Bolsonaro, defende intervenção caso Lula seja candidato

GENERAL DEFENDE INTERVENCAO LULA

Publicado em: 15/08/2018 às 14:46 | Atualizado em: 15/08/2018 às 14:46

O general da reserva Antonio Hamilton Mourão (PRTB) disse que a tentativa do PT de impor a candidatura de Lula justificaria uma ação militar, caso haja uma “revolta popular”.

O candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PSL) revelou esta intenção em entrevista ao Valor Econômico.

“Lula candidato é uma coisa que está correndo nas redes sociais. Se Lula pode ser candidato, então Fernandinho Beira-Mar pode, Marcola pode. Ressalvadas as devidas diferenças”, disse.

Para o general, os casos que justificariam uma intervenção militar são os que violariam as leis e cita o exemplo da Lei da Ficha Limpa.

“O PT tentando impor de todas as formas a candidatura [de Lula] que pode ensejar em razão das leis existentes. Se por acaso uma coisa dessas levar a uma revolta popular, é necessário que haja controle disso aí, senão vamos para a barbárie”.

O militar da reserva disse que a missão das Forças Armadas é “manter um ambiente de estabilidade para que os três Poderes possam cumprir sua tarefa” e que, caso isso for afetado por “distúrbios da rua”, as Forças Armadas devem manter a ordem.

Mourão defendeu que é preciso ter “tolerância zero” na questão da segurança. Segundo ele, as penas no Brasil são muito brandas e os presídios não podem ser “nova escola de bandido”.

Questionado sobre a segurança na época da ditadura militar, o general disse que “a questão da segurança era muito light”. “Polícia era polícia e bandido era bandido. A coisa era muito bem definida”.

O vice de Bolsonaro também defendeu que militares tem que participar da política, pois possuem conhecimentos específicos que podem ajudar na governabilidade.

Mourão disse ainda que é preciso “desmistificar” a ideia de que o general é autoritário e fechado. “As pessoas temem que a gente ganhe. Devem achar que é o apocalipse”, afirmou.

Veja a entrevista.

 

Foto: Reprodução/Metrópoles