O superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), general Algacir Polsin, deixou hoje (28) o cargo, fechando a gestão militar da autarquia. Desde o início do governo Bolsonaro (PL), o órgão tinha na sua cúpula a presença de militares nos postos principais. O primeiro deles foi o coronel reservista Alfredo Menezes Júnior (PL), em 2019.
Polsin, portanto, fez o anúncio de sua despedida em encontro com servidores na manhã desta quarta-feira, em Manaus. A exoneração será publicada em diário oficial da União neste dia 29, segundo ele.
Até que o futuro governo escolha o substituto de Polsin, a Suframa será dirigida pelo servidor e economista Marcelo Pereira, nomeado como superintendente-adjunto-executivo.
De imediato, Pereira iniciou o processo de transição. Ontem mesmo exonerou o segundo no comando da Suframa, o superintendente-executivo Rui Pontes, coronel da reserva do Exército.
Conforme Polsin, os demais militares em cargo de confiança no órgão serão todos exonerados até esta quinta-feira.
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Papel destacado
O presidente da Eletros (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), José Jorge Júnior, destacou o papel de Polsin à frente da Suframa.
“As suas lágrimas na despedida mostram o quanto o senhor abraçou a causa da ZFM. Já deixa saudades, pois resignificou a atuação da Suframa como o principal órgão da economia na região Norte, aparou arestas, contemplou os mais de 20 milhões de moradores da região. Tenha a certeza que o dever foi cumprido”.
Para Pereira, o general Polsin fez uma boa gestão da autarquia.
“Tenha certeza que ficou evidente que o senhor fez o que podia ser feito e só não fez mais por falta de tempo ou por não ter as ferramentas disponíveis para a realização”.
Dessa forma, o comando militar da Suframa imposto por Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, chega ao fim. Foram quatro anos de perseguição ao único modelo de desenvolvimento mantido pelo governo federal para a região Norte. Nem isso impediu a sanha de tentar acabar com a zona franca e seus necessários incentivos fiscais para atrair investimentos para a região mais pobre do país.
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Foto: Andrés Pascal/divulgação Suframa