Governadores da Amazônia pedem ajuda para comprar “kit intubação”

Equipamentos e medicamentos serão destinados aos pacientes do coronavírus para os estados

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 26/06/2020 às 05:00 | Atualizado em: 26/06/2020 às 16:30

Os governadores do Amazonas, Amapá, Acre, Roraima, Pará e Rondônia querem ajuda do governo federal para a compra de equipamentos. Assim como medicamentos usados na intubação de pacientes vítimas do coronavírus (covid-19). O material é o chamado “kit intubação”.
O presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal e governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), disse que nesta sexta (26) a relação dos equipamentos e medicamentos por estado será encaminhado ao Ministério da Saúde e ao Congresso Nacional.
“Esperamos que até amanhã a gente consiga fazer isso, porque há um esforço no sentido de que o governo federal faça essa aquisição considerando as dificuldades de os estados sozinhos adquirirem esses produtos no mercado local ou internacional”.
O governador fez o alerta nesta quinta (25), durante audiência remota na comissão mista do Congresso. Esta, portanto, acompanha as ações de combate à covid-19.
A mesma cobrança durante a reunião foi feita pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. Ele é o presidente do Consórcio de Integração Sul e Sudeste.
Segundo ele, a demanda por relaxante muscular e outros medicamentos é muito grande no mundo todo. Além disso os estados estão com dificuldade para adquiri-los.
“A coordenação do governo federal na compra desses medicamentos é fundamental, e o Congresso pode nos ajudar nesse trabalho […] O governo federal liberou um bom orçamento para o Ministério da Saúde executar agora, e perto de 40% desses recursos já foram usados”, disse.Equ

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 Prorrogação

O presidente do Consórcio da Amazônia Legal também cobrou a prorrogação das medidas sociais e econômicas. Sobretudo, essas foram aprovadas pelo Congresso para mitigar os impactos da pandemia nos estados.
Na sua avaliação, as medidas foram providenciais nas contas públicas, no enfrentamento à covid, na garantia dos salários dos trabalhadores. Bem como na saúde, na segurança, na educação e na assistência.
“Fiquem atentos para essa necessidade de prorrogação: nenhum outro ente pode emitir e colocar dinheiro novo no Brasil que não seja o governo federal, através, logicamente, do apoio do Congresso Nacional”, afirmou.
Góes criticou a falta de articulação do governo federal com os estados no início da pandemia quando “as coisas foram muito demoradas”. A partir disso, os estados tiveram que enfrentar a pandemia individualmente.
“Nós acabamos, todos, sendo sugados pela rotina diária em que basicamente a pauta, 100%, passou a ser covid-19. As coisas foram muito demoradas. A bem da verdade, por quase 60 dias os estados, individualmente, tiveram que adotar uma série de providências para fazer o enfrentamento à covid”.
Foto: Divulgação