Lula anuncia medidas mais rigorosas para combater inflação dos alimentos
Após zerar taxas de importação de produtos como café, milho e carne, presidente critica preços dos ovos e promete novas ações contra alta.

Bruna Lira, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 07/03/2025 às 19:12 | Atualizado em: 07/03/2025 às 19:32
A crescente inflação dos alimentos tem sido uma preocupação para o governo federal, levando à implementação de um pacote de medidas econômicas com o objetivo de estabilizar os preços e aliviar o impacto no orçamento das famílias brasileiras.
Entre as principais ações anunciadas pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, está a isenção de tarifas de importação para itens essenciais como carnes, café, açúcar, milho, azeite de oliva e sardinha.
Além da redução de impostos para importação, o governo pretende modificar regras de inspeção sanitária, permitindo que a fiscalização realizada por municípios tenha validade em todo o território nacional. Essa medida busca ampliar a oferta e a competitividade no mercado de proteína animal, barateando os custos para o consumidor.
Outra ação relevante é o fortalecimento dos estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que permitirá intervir nos preços em momentos de instabilidade na oferta e na demanda.
Estratégias
O governo negocia com os estados a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre itens da cesta básica. No entanto, alguns governadores resistem à proposta, pois alegam que a renúncia fiscal poderia comprometer os cofres estaduais, sobretudo em regiões que já enfrentam dificuldades financeiras.
Economistas afirmam que as medidas adotadas devem ter um impacto moderado no curto prazo. Isso porque a queda dos preços já era esperada, devido ao aumento da safra agrícola deste ano. Alguns especialistas destacam que, apesar das ações emergenciais, o problema da inflação alimentar exige soluções estruturais de longo prazo. Portanto, reduzir impostos e liberar importações não será suficiente para resolver a questão.
O que Lula diz
Lula deixou claro que o governo poderá adotar “atitudes mais drásticas” caso as medidas atuais não consigam conter a alta dos preços. Com essa declaração, o presidente reforça o compromisso da administração em buscar alternativas para estabilizar o custo dos alimentos. Além disso, garantir essa estabilidade é essencial para o bem-estar da população. Principalmente, as camadas mais vulneráveis sentem os impactos diretos da inflação alimentar.
A inflação dos alimentos se tornou um dos principais desafios econômicos do país. Para se ter uma ideia, em 2024, os preços subiram 7,69%, um aumento superior à inflação geral, que ficou em 4,83%. Café, óleo de soja, carne e leite longa vida tiveram altas expressivas, o que reduziu o poder de compra das famílias brasileiras.
O governo espera que as medidas adotadas trazem resultados positivos. Contudo, especialistas alertam que o país precisa implementar políticas estruturais. Para garantir a estabilidade dos preços a longo prazo, o governo deve investir em ações duradouras. Por fim, fortalecer a segurança alimentar se torna fundamental para enfrentar esse desafio.
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Foto: reprodução