Imprensa alemã cobra sanções a Bolsonaro por desmatamento

MPF cobra do Incra ação na redução do desmatamento na Amazônia

Neuton Correa

Publicado em: 19/08/2019 às 11:31 | Atualizado em: 19/08/2019 às 11:31

Da Redação

 

Na imprensa alemã, reportagens trazem duras críticas à política ambiental de Bolsonaro e pregam punições ao país pelo aumento do desmatamento.

A revista Der Spiegel diz que é hora de sanções e aponta:

“A União Europeia não deve mais apoiar os projetos de florestas tropicais por meio da mudança climática como prega Jair Bolsonaro”.

As informações são da análise diária de mídia feita pela assessoria do senador Jean Paul Prates (PT-RN).

Assinada pelo correspondente Jens Glüsing, a reportagem diz que a Amazônia afeta toda a humanidade.

“O desenvolvimento do clima do mundo depende da preservação da floresta tropical. Portanto, não devemos deixar a decisão sobre o futuro desse ecossistema apenas para o presidente de direita do Brasil, Jair Bolsonaro”, aponta o texto.

“A Europa não deve ficar de braços cruzados, pois um cético da ciência, preconceituoso e movido pelo ódio, sacrifica vastas áreas de selva para pecuaristas e plantações de óleo de soja”.

Sob o título “Comece onde dói”, o jornal Die Zeit questiona: “Que diferença faz cortar o dinheiro para conservar florestas de um governo que não tem mesmo qualquer interesse em conservar florestas?”

O artigo assinado por Alexandra Endres diz que “Bolsonaro aboliu a proteção ambiental, rejeita dinheiro alemão para a Amazônia. Mas a floresta ainda precisa de forte apoio”.

A jornalista aponta que “seria mais promissor começar num ponto que fere mais: os interesses econômicos de seus exportadores, por exemplo, os fazendeiros que vendem carne e soja em larga escala para metade do mundo”.

E questiona o acordo comercial da União Europeia com o Mercosul, lembrando que este ainda é preliminar: “Nãopode haver novos incentivos para o desmatamento”.

 

Foto: Ascom/Ibama