Um dos homens mais ricos do Brasil, o bilionário Lírio Parisotto, amigo íntimo do senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, acompanhou de lupa o julgamento do processo que autorizou a privatização da Eletrobrás, no Tribunal de Contas da União (TCU) no dia 18.
Além de Parisotto, outros seis dos 22 maiores bilionários do país que são acionistas da Eletrobrás. O interesse é que a empresa pública os tornem ainda mais ricos sob seu controle. Da mesma forma que já aconteceu com a venda de distribuidoras como a Amazonas Energia, que tornou mais difícil a vida dos brasileiros da região Norte após a privatização.
Os maiores interessados na venda da Eletrobrás pelo governo Bolsonaro, além de Parisotto, são Jorge Paulo Lemann, o mais rico do país, com R$ 75 bilhões na conta. E Marcel Herrmann Telles, Carlos Alberto Sicupira, Alexandre Behring, José João Abdalla Filho, o Juca Abdalla.
As notícias de venda da Eletrobrás já foram generosas para os cofres de Parisotto. As ações da empresa pública já lhe renderam 121% de lucro em apenas 12 meses.
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Privilégios de Braga a Parisotto
“Parisotto chegou a ser denunciado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por supostamente ser destinatário de informações privilegiadas sobre a privatização da estatal por conta de sua amizade com o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que foi favorável à venda em votação no Congresso. Parisotto sempre negou qualquer benefício com a amizade”.
Seus investimentos têm proteção de corretora ligada ao banco Genial. Este foi a empresa contratada pelo BNDES para estruturar a venda da Eletrobrás. Além disso, o Genial é acionista da Eletrobrás.
“Quem está interessado na Eletrobras são os bancos nacionais e internacionais, que inclusive já têm participação na estatal”, afirmou Leonardo Maggi, membro da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que é contra a privatização. “Eles já controlam boa parte do setor elétrico brasileiro”.
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Foto: Reprodução/TV