Juíza cassa Mirtes, Papinha, Proença e Mota, vereadores do PL Manaus

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 21/08/2019 às 12:13 | Atualizado em: 21/08/2019 às 12:17
O diário eletrônico da Justiça publica nesta quarta, dia 21, decisão da juíza da 37ª Zona Eleitoral, Kathleen Gomes, de cassar os mandatos dos vereadores de Manaus do PL (Partido Liberal) Mirtes Salles (foto), Edson Bentes (Sargento Bentes Papinha), Fred Mota (segundo vice-presidente da câmara) e Cláudio Proença.
A cassação, a pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE), aponta fraude no registro das candidaturas do PL na eleição de 2016. E alcança também os suplentes do partido.
Além da perda de mandato na primeira instância, os vereadores ficam inelegíveis por oito anos, segundo a sentença da magistrada.
Segundo o parecer ministerial, acolhido pela Justiça, o PL feriu a lei quanto ao número mínimo (30%) de candidatas femininas em 2016. O partido, que ainda não se manifestou, teria registrado candidaturas falsas para atingir esse percentual.
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Joana D’Arc inelegível
Outras mulheres do PL são alcançadas pela decisão de inelegibilidade, como a atual deputada estadual Joana D’Arc, eleita em 2018, mas que ganhou como vereadora em 2016. Mirtes Salles assumiu sua vaga na câmara.
Na sentença, aparece o nome de Ivaneth Alves da Silva, uma das pessoas que o PL teria usado para candidatura falsa em 2016. Ela teria denunciado a irregularidade ao MPE depois que foi sacada da chapa do partido, porque sua inscrição como candidata teria sido feito sem seu conhecimento, e assim a legenda ficou abaixo do limite mínimo.
“É de se notar ainda a proximidade do mínimo exigido para o deferimento do DRAP já que sem essa candidatura, o mínimo não seria atingido, impossibilitando a participação do partido no pleito proporcional”, escreveu a magistrada.
Foto: BNC Amazonas