No seu discurso de posse neste domingo (1º), no Congresso Nacional, Lula da Silva (PT) disse que a meta do seu governo será alcançar o desmatamento zero na Amazônia.
“Esta é uma das razões, não a única, da criação do Ministério dos Povos Indígenas. Ninguém conhece melhor nossas florestas nem é mais capaz de defendê-las do que os que estavam aqui desde tempos imemoriais”, discursou Lula.
Para ele, cada terra demarcada é uma nova área de proteção ambiental. “A estes brasileiros e brasileiras devemos respeito e com eles temos uma dívida histórica. Vamos revogar todas as injustiças cometidas contra os povos indígenas”, afirmou.
Além disso, comprometeu-se com a emissão zero de gases do efeito estufa na matriz elétrica, além de estimular o reaproveitamento de pastagens degradadas.
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“O Brasil não precisa desmatar para manter e ampliar sua estratégica fronteira agrícola. Incentivaremos, sim, a prosperidade na terra. Liberdade e oportunidade de criar, plantar e colher continuará sendo nosso objetivo”, assegurou.
Contudo, o presidente disse que não será admitido que seja uma terra sem lei. “Não vamos tolerar a violência contra os pequenos, o desmatamento e a degradação do ambiente, que tanto mal já fizeram ao país”, afirmou.
Soberania
Lula disse também que seu governo não vai abrir mão da soberania brasileira sobre a Amazônia.
“O Brasil tem de ser dono de si mesmo, dono de seu destino. Tem de voltar a ser um país soberano. Somos responsáveis pela maior parte da Amazônia e por vastos biomas, grandes aquíferos, jazidas de minérios, petróleo e fontes de energia limpa”, lembrou.
“Com soberania e responsabilidade seremos respeitados para compartilhar essa grandeza com a humanidade – solidariamente, jamais com subordinação”, garantiu.
Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado