O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou uma reestruturação estratégica na Secretaria de Comunicação Social (Secom), com foco em ampliar sua popularidade nas redes sociais e fortalecer sua presença digital para as eleições de 2026. A mudança simboliza uma tentativa de sair das “cordas” no embate travado diariamente no campo das plataformas digitais.
Nesta quinta-feira (16/1), Lula se reuniu com Mariah Queiroz, que assumirá a Secretaria de Estratégia e Redes (Seres), substituindo Brunna Rosa.
A decisão foi orientada pelo novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, que aposta na expertise de Mariah, reconhecida pelo trabalho nas redes sociais do prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB). Campos é um dos prefeitos mais populares no Instagram e sua abordagem digital foi destacada como referência durante a campanha de 2024.
Fortalecimento da estratégia digital
O encontro entre João Campos e Lula no Palácio do Planalto reforçou o alinhamento estratégico.
Com foco em tornar a gestão mais próxima e acessível, o governo busca inspirar-se no modelo de comunicação adotado pelo prefeito de Recife, que mescla engajamento digital eficiente e narrativa política cativante.
Além da troca de comando na Seres, a Secom atravessa um período de transição até o final do mês, com a equipe do ex-ministro Paulo Pimenta repassando atividades ao novo titular, Sidônio Palmeira.
Essa reformulação tem como objetivo alinhar a comunicação digital às demandas de um eleitorado cada vez mais conectado e crítico nas redes sociais.
Reaproximação política e novos rumos
A escolha de Mariah Queiroz reflete não apenas uma estratégia técnica, mas também uma tentativa de melhorar as relações do governo com diferentes forças políticas.
Apesar de uma relação historicamente conturbada com o PT, João Campos vem se aproximando do partido, apoiando Lula em 2022 e abrindo espaço para indicações petistas em sua gestão.
Enquanto Lula reconhece a importância de superar narrativas adversas, a reformulação na Secom também busca reverter o impacto de discursos antipetistas nas redes.
A mudança simboliza um esforço claro para reposicionar a comunicação digital do governo, priorizando a conexão com a base eleitoral e a conquista de novos públicos para 2026.
Com essas ações, o presidente busca não apenas consolidar sua liderança, mas também ajustar sua narrativa para enfrentar um cenário eleitoral em que a batalha das redes sociais será decisiva.
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Foto: Ricardo Stuckert / PR