“Mal-estar” separa depoimento de Pazuello e interrogatório de Dilma

Diferente de Pazuello, a ex-presidente petista suportou 13 h de interrogatório de 48 de 81 senadores em processo de impeachment em 2016 no Senado

Gabriel Ferreira, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 20/05/2021 às 07:00 | Atualizado em: 19/05/2021 às 22:54

Um mal-estar chamado de “síndrome vasogaval”, separa dois momentos históricos da política brasileira que ocorreram no Senado.

Tratam-se, portanto, do depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello na CPI da Covid-19 nesta quarta-feira (19), e o interrogatório da ex-presidente Dilma Roussef (PT) no processo de impeachment em 29 de agosto de 2016.

Enquanto o general da ativa do Exército não suportou “fortes emoções” após 6 h a frente da Comissão Parlamentar de Inquérito com no mínimo 11 senadores titulares, a ex-presidente petista encarou por 13h o interrogatório de 48 dos 81 senadores sem nenhum mal que pudesse “estar’. Em suma, ambos os fatos ocorreram no Senado.

Além disso, se por um lado Pazuello buscou blindar o governo de Jair Bolsonaro de qualquer erro na pandemia da Covid-19, Dilma defendeu seu governo na época. Dessa forma, enfrentou questionamentos de acusação e defesa em relação a denúncia do crime de responsabilidade.

Diante disso, o fato de comparação histórico permanece em um simples ‘desmaio’. Uma diferença de 5 anos entre ambos.

De um lado um ex-ministro da Saúde que comandou a pasta ao longo em 10 meses de um pandemia com mais de 12 meses no Brasil, tachado de mentiroso na CPI. E de outro está a primeira mulher presidente da república, que acabou afastada do cargo.

Dessa forma, resume-se que um “desmaio” que Pazuello negou e foi desmentido pelo senador Otto Alencar, que é médico, separa a situação do general à estabilidade de Dilma Roussef ao ser interrogada. Uma diferença de 7 h a mais para a petista, adversária política de Jair Bolsonaro, o “chefe” de Pazuello.

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