O deputado Marcelo Ramos (PL) disse, nesta sexta-feira (13), que o presidente Jair Bolsonaro tem desmoralizado as Forças Armadas com frequência. Ele se referiu a desautorização do vice-presidente Hamilton Mourão e a demissão de generais. Destacou também, no Twitter, a humilhação pública do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Marcelo tem ocupado espaço na mídia nacional criticando o presidente Jair Bolsonaro. Ele também é candidato à sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados.
Ainda na rede social, o deputado retuitou o ex-ministro Santos Cruz, general do Exército, para quem o Brasil está cansado de show.
“O Brasil não é um país de maricas. É tolerante demais com a desigualdade social, corrupção, privilégios. Votou contra extremismos e corrupção. Votou por equilíbrio e união. Precisa de seriedade e não de show, espetáculo, embuste, fanfarronice e desrespeito”, escreveu o general no Twitter.
“Uma hora os homens honrados do Exército teriam que reagir!”, disse Marcelo Ramos, elogiando a publicação.
“Bolsonaro desmoraliza as Forças Armadas em todos os sentidos. Desautoriza o vice, demitiu do governo generais de forma vexatória e leviana, desmoralizou o ministro da saúde e a ‘declaração de guerra’ aos EUA ridicularizou o exército nas redes sociais. Uma reação era esperada”, explicou.
Comandante do Exército
Em meio à polêmica, o comandante do Exército, general Edson Pujol , disse nesta sexta, que a instituição não pertence ao governo. Enfatizou ainda que o Exército não tem partido político .
A propósito, o general discursou durante um seminário de defesa nacional, promovido pelas Forças Armadas.
“Não somos instituição de governo, não temos partido. Nosso partido é o Brasil. Independente de mudanças ou permanências em determinado governo por um período longo, as Forças Armadas cuidam do país, da nação”, disse o general.
E prosseguiu: “Elas são instituições de Estado, permanentes. Não mudamos a cada quatro anos a nossa maneira de pensar e como cumprir nossas missões.”
Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados – 8/7/2020