O vice-prefeito Marcos Rotta, ainda no PMDB, disse sim ao convite que o prefeito Arthur Neto (PSDB) fez, no sábado passado, para que ele deixe o partido do senador Eduardo Braga e ingresse nas fileiras tucanas, no Partido da Social Democracia Brasileira.
A resposta foi dada na tarde desta quarta-feira, dia 21, era mantida em segredo, mas tornou-se pública depois que a legenda passou a mobilizar e a distribuir convites para o ato de filiação de Rotta.
O evento será realizado amanhã, quinta-feira, dia 22, às 19h, no Dulcilas Festas, na estrada da Ponta Negra, Zona Oeste da capital. “Prestigie este momento importante e de grande alegria para a vida da Social Democracia Amazonense”, diz o trecho final do convite.
Rotta estava no PMDB há mais de dez anos e foi levado para sigla depois que o então governador Eduardo Braga trocou o PPS pelo PMDB.
Curiosamente, foi Braga também que estreitou as relações entre Rotta e Arthur há menos de um ano, quando ele figurava com grandes chances de conquistar a Prefeitura de Manaus, segundo as pesquisas da época.
Naquela ocasião, Marcos Rotta era crítico da gestão tucana e foi forçado a recuar e, por imposição do senador, aceitar o posto de vice de Arthur, que nunca negou que considerava o peemedebista a maior ameaça à sua reeleição e que preferiria vê-lo ao seu lado, como acabou acontecendo.
Este ano, novamente, foi preterido por Braga, segundo recentes revelações feitas por Arthur. É que assim que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato do governador José Melo (Pros) e determinou eleições diretas no Amazonas, o tucano sugeriu, em vão, que Rotta encabeçasse a campanha.
Pressão
Formalmente, não se sabe até aqui a razão da saída de Rotta do PMDB. Os bastidores desse processo, porém, informam que ele teria sido pressionado por Braga a entregar o cargo de secretário municipal de Infraestrutura, se licenciasse do cargo de vice e ingressasse na campanha do senador Eduardo Braga a governador, nesta eleição suplementar.
Foto: Divulgação/Facebook