Marun e Temer ficam indignados com relatório da PF sobre propinas

Publicado em: 17/10/2018 às 18:05 | Atualizado em: 17/10/2018 às 18:51

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, chamou, nesta quarta-feira (17), de “festival de ilações” o relatório da Polícia Federal (PF) que apontou indícios de crimes cometidos pelo presidente Michel Temer.

Em uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Marun disse ainda que Temer ficou “muito indignado e abalado” com a situação – a filha do presidente Maristela Temer foi indiciada pela PF.

No relatório, a Polícia Federal afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) haver indícios de que o presidente praticou os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Temer é alvo de um inquérito aberto no passado para investigar supostas irregularidades na edição de um decreto sobre o setor de portos.

A suspeita é de que o decreto foi editado para favorecer empresas específicas que atuam no porto de Santos (SP), o que o presidente sempre negou.

“Um inquérito que não deveria ter existido em relação a um crime que não existiu. E daí [o relatório] se torna mil páginas de um festival de ilações. Mais de mil páginas de um festival de ilações. […] Nestas mil páginas não existe nada de concreto em relação a atitude ilícita do presidente da República”, declarou Marun.

Entre outros pontos, a Polícia Federal afirma ter identificado repasses de R$ 5,6 milhões para Temer entre 2000 e 2014, além de repasses de R$ 17 milhões em propina ao MDB.

A defesa de Michel Temer pediu, nesta quarta-feira (17), ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular o ato de indiciamento do presidente pela Polícia Federal.

 

 

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil