MDB festeja volta ao poder e até já vê que Dilma sofreu golpe
"Golpistas" como Eduardo Braga, contudo, ficaram no limbo. Lula preferiu governador do Pará

Ferreira Gabriel
Publicado em: 04/01/2023 às 19:00 | Atualizado em: 04/01/2023 às 19:00
Três ministérios importantes nas mãos, marcam o retorno do MDB ao poder, desta vez no terceiro governo Lula (PT). Desde a redemocratização, o partido só deixou de frequentar, em parte, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
O partido levou a melhor na queda de braço com a base aliada durante a formação ministerial, em dezembro.
Com pelo menos metade dos caciques e de seus diretórios apoiando Lula desde o primeiro turno de 2022, a sigla conseguiu angariar o segundo maior número de pastas no novo governo, ao lado do PSB, que compõe a chapa majoritária, e o PSD.
Sob a forte aliança do senador Renan Calheiros (MDB-AL) com Lula e a presidência de Baleia Rossi (MDB-SP) em diálogo constante com a da petista Gleisi Hoffmann (PT-PR), o partido conseguiu vagas ministeriais das mais cobiçadas entre as 37 do novo governo: Planejamento, pasta central da Economia, com Simone Tebet; Cidades, de diálogo constante com municípios, com Jader Filho; Transporte, com grande orçamento e diálogo constante com os estados, com Renan Filho.
Em meio ao clima de celebração, os emedebistas andam sorrindo por Brasília. Alguns até aplaudem e concordam quando, nos discursos, alguém do governo chama o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) de golpe —em indireta ao ex-presidente Michel Temer, cacique do partido, que odeia o termo.
Além disso, o partido também está de olho na faixa presidencial e credencia pelo menos três nomes: O de Simone Tebet, Renan Filho e o governador do Pará, Helder Barbalho.
Do MDB, o senador Eduardo Braga ficou de fora. Ele foi derrotado ao governo do Amazonas, mesmo com as bençãos de Lula. O governador Wilson Lima foi reeleito ao cargo.
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Simone Tebet é a ministra do Planejamento do governo Lula
Foto: Reprodução/PT