Metade dos ministros de Bolsonaro vai sair para disputar eleições

Pela legislação eleitoral, o prazo é abril, mas o presidente avalia pedir que os candidatos deixem seus cargos em janeiro de forma que ele possa utilizar os postos para abrigar potenciais aliados para sua campanha à reeleição

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Publicado em: 17/06/2021 às 17:07 | Atualizado em: 17/06/2021 às 17:08

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já tem em mãos a lista dos ministros que deverão deixar seus cargos no ano que vem para disputar as eleições de 2022 em seus estados.

São 11 ministros de estado que ele e seus auxiliares já dão como certo que deixarão seus cargos e outros dois que também devem seguir o mesmo caminho.

Como há 23 ministros na Esplanada, metade do ministério de Bolsonaro deverá ir às urnas.

Diante disso, o Palácio do Planalto começa a debater sobre o momento ideal em que eles devem deixar seus cargos.

Pela legislação eleitoral, o prazo é abril, mas o presidente avalia pedir que os candidatos deixem seus cargos em janeiro de forma que ele possa utilizar os postos para abrigar potenciais aliados para sua campanha à reeleição.

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Podem também se candidatar Anderson Torres (DF) e Marcelo Queiroga (PB). A maioria deles ainda não definiu a qual cargo irá se candidatar.

Os cargos ainda dependem de acertos políticos. Por exemplo, há dois ministros que pretendem se lançar ao governo do Rio Grande do Norte: Fabio Faria e Rogerio Marinho. 

Damares Silva ainda não decidiu por qual estado deverá sair. Nos bastidores, fala-se em se lançar pelo Tocantins. 

Tarcísio de Freitas aceita ser candidato a governador, mas isso depende de uma articulação com o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, aliado do presidente.

Mas alguns casos, como o de Flávia Arruda ao governo do Distrito Federal, é dado como certo no gabinete presidencial.

O presidente, porém, começa a ouvir seus auxiliares sobre uma eventual ordem para que deixem seus cargos antes do prazo legal de desincompatibilização.

Como será uma eleição acirrada, a saída em janeiro daria chance de o governo organizar a reposição das peças dentro de um cálculo político eleitoral que privilegie partidos e estados que irão apoiá-lo na campanha.

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Foto: Reprodução