Militar do Exército é preso com armamento pesado e droga no RJ

Publicado em: 18/01/2018 Ă s 16:50 | Atualizado em: 18/01/2018 Ă s 16:50
A PolĂcia RodoviĂ¡ria Federal (PRF) e a Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) da PolĂcia Civil do Rio de Janeiro confirmaram que pertence ao ExĂ©rcito Brasileiro o homem preso em flagrante, nesta quinta-feira (18), transportando 19 fuzis e outros armamentos, alĂ©m de grande quantidade de drogas.
No momento da abordagem, ocorrida em Itatiaia (RJ), ele estava uniformizado.
Levadas ao Rio de Janeiro, as armas foram apresentadas em coletiva de imprensa.
Foram apreendidos 17 fuzis do modelo AR-15 e calibre 5.56, dois fuzis do modelo AK-47 e calibre 7.62, 41 pistolas importadas da marca Glock, 54 tabletes de pasta base de cocaĂna, grande quantidade de muniĂ§Ă£o e diversos carregadores de fuzil e pistola.
As armas, de procedĂªncia estrangeira, nĂ£o tĂªm ligaĂ§Ă£o com o ExĂ©rcito, que inclusive contribuiu com a operaĂ§Ă£o por meio do serviço de inteligĂªncia.
“No mercado negro, nĂ³s percebemos que o fuzil Ă© negociado em torno de R$ 50 mil, podendo chegar atĂ© a R$ 70 mil. Essas pistolas sĂ£o vendidas por um valor em torno de R$ 10 mil a R$ 15 mil. E um tablete desse tamanho de pasta base de cocaĂna custa, no mĂnimo, R$ 15 mil”, disse FabrĂcio Oliveira, delegado titular da Desarme.
O militar jĂ¡ era suspeito de traficar armamento e vinha sendo investigado hĂ¡ algum tempo.
VersĂ£o do preso
Na ocasiĂ£o da prisĂ£o, a PRF e a PolĂcia Civil monitoravam uma viagem que ele fazia desde Foz do Iguaçu (PR), municĂpio localizado prĂ³ximo Ă s fronteiras com o Paraguai e com a Argentina.
Ele estava em um veĂculo prĂ³prio, com placas falsas e com adesivos que simulavam um carro oficial do ExĂ©rcito, e disse que o destino das armas era um ponto na cidade do Rio de Janeiro, mas nĂ£o deu detalhes.
“Ao ser abordado, ele tentou ludibriar a fiscalizaĂ§Ă£o dizendo que estava prestando um serviço para um comandante. Mas a histĂ³ria nĂ£o convenceu e nĂ³s jĂ¡ estĂ¡vamos acompanhando o alvo”, contou Rafael Alvim, superintendente substituto da PRF no Rio de Janeiro.
O militar Ă© lotado no estado do ParanĂ¡.
Essa foi a Ăºnica informaĂ§Ă£o prestada a seu respeito.
Para preservar as investigações, que correm em sigilo, nĂ£o foi revelado seu nome e nem sua patente.
TambĂ©m nĂ£o foi explicado se ele agia em parceria com outros criminosos.
Segundo Alvim, foi uma das maiores apreensões da PRF, que deve gerar um prejuĂzo de aproximadamente R$ 2,5 milhões ao crime organizado.
Ele disse ainda que a aĂ§Ă£o integra a OperaĂ§Ă£o Égide.
Planejada pelo MinistĂ©rio da Justiça e Segurança PĂºblica, ela envolve um conjunto de ações desenvolvidas pela PRF para reforçar o combate ao trĂ¡fico de armas, drogas e produtos contrabandeados.
De acordo com um balanço parcial, divulgado na segunda-feira (16), mais de 10 mil pessoas foram presas em 250 dias da OperaĂ§Ă£o Égide.
Fonte: AgĂªncia Brasil
Foto: Fernando FrazĂ£o/EBC