Militares começam a ser desalojados da cúpula da Suframa

Primeiro exonerado foi o coronel Rui César Pontes Braga, substituído por Marcelo Pereira (foto), ex-superintendente interino do órgão

Marcelo Pereira

Neuton Corrêa, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 27/12/2022 às 19:56 | Atualizado em: 27/12/2022 às 20:43

Os militares que ocupam os seis principais cargos da cúpula da Suframa começaram a ser desalojados nesta terça-feira, 27.

O primeiro exonerado, portanto, foi o número 2 da autarquia, coronel Rui Pontes. Ele era o superintendente-executivo do órgão.

A exoneração, assinada pelo atual ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, ocorre quatro dias antes do fim do governo Bolsonaro.

Normalmente, todavia, esses atos de saída ocorrem no último dia de gestão. No caso da Suframa, há até histórico de prorrogação de vínculo do servidor.

Pontes, dessa forma, não deve ser o único a deixar o cargo antes do prazo. Nos bastidores da Suframa, conforme fonte do site, há informação de que, neste dia 28, todos os demais militares que estão em cargos da cúpula se despedirão da autarquia.

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Substituto da transição

O coronel Pontes já tem substituto. Este foi nomeado, pois, na mesma portaria que exonerou o militar.

Nesse caso, o substituto é Marcelo Souza Pereira, servidor de carreira da Suframa, que já comandou interinamente a superintendência.

Ele chefiou o órgão entre 2016 e 2017, na transição de Rebecca Garcia para Appio Tolentino.

Pereira é um dos nomes que sempre aparecem para assumir o órgão.

Mas, agora, ele teria sido escalado antecipadamente para fazer a desmilitarização da autarquia gestora da Zona Franca de Manaus (ZFM). Assim sendo, o poder volta às mãos civis, uma linha do governo Lula da Silva (PT).

Grandes projetos

Pereira também é sempre lembrado por liderar grandes projetos da Suframa.

É o caso do estudo que alterou a Lei de Informática, em 2018. Ele também cuidou da elaboração da política 4.0 do polo industrial da ZFM.

Sobretudo, cuidou da moralização da administração da bilionária verba de P&D (pesquisa e desenvolvimento), investimento obrigatório das empresas do setor instaladas no Amazonas.

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Foto: reprodução/Facebook