Ministério prepara ação para retirar garimpeiros do rio Madeira

Nesta quarta-feira (24), o deputado federal José Ricardo (PT) pediu ação do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Anderson Torres, contra a invasão

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Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 24/11/2021 às 20:24 | Atualizado em: 25/11/2021 às 20:05

Depois de três dias da denúncia feita pelo BNC Amazonas sobre invasão de garimpeiros no rio Madeira, em Autazes (AM)), o Ministério da Justiça está discutindo uma grande operação para a retirada imediata deles e das centenas de balsas e dragas que bloqueiam o local. 

De acordo com uma fonte, o governo federal deve atuar na região com agentes da Polícia Federal (PF), da Agência Nacional de Mineração (ANM) e da Marinha do Brasil.  

O Ministério da Justiça resolveu agir após o governo estadual ter alegado que o rio possui jurisdição federal.  

Em entrevista à imprensa, o diretor Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente, disse que o órgão orientou forças de segurança estaduais a agirem, mas insistiu que o rio é de jurisdição federal e que a fiscalização cabe à PF e a ANM. 

Portanto, a qualquer momento uma operação deve ser feita na região.

Cobrança 

Nesta quarta-feira (24), durante audiência na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, realizada para esclarecer mortes de crianças Yanomami, o deputado federal José Ricardo (PT) pediu ação do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Anderson Torres, contra a invasão. 

“Queria que o ministro pegasse um avião para ir agora para o Amazonas, para o rio Madeira, lá no município de Autazes. São 300 balsas que se instalaram de formas rápida e mágica, de uma hora pra outra. E estão lá causando alvoroço geral na população porque eles simplesmente estão fechando o rio”, disse o deputado ao ministro. 

“Tem de haver uma ação enérgica da Polícia Federal e do Ministério da Justiça. É hora de pegar um avião e ir pra lá”, cobrou o parlamentar.

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Anderson Torres não chegou a responder o questionamento, pois logo depois a sessão foi encerrada por causa de um tumulto envolvendo indígenas e parlamentares governistas.

Foto: Silas Laurentino/exclusiva para BNC Amazonas