Ministério da Saúde anuncia implantação de oito UTI no Amazonas

A notícia foi dada pelo ministro Eduardo Pazuello ao deputado Átila Lins (PP-AM). O decano da bancada solicitou mais seis unidades para subpolos municipais. Em nome dos prefeitos, foram solicitados 100 respiradores e miniusinas de oxigênio

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Publicado em: 02/03/2021 às 16:50 | Atualizado em: 02/03/2021 às 19:53

Da Redação do BNC Amazonas em Brasília

O Ministério da Saúde deverá implantar o mais rápido possível unidades de terapia intensiva (UTI) em oito municípios do Amazonas.  

Deverão receber as unidades os municípios-polos de Coari, Humaitá, Itacoatiara, Lábrea, Manacapuru, Parintins, Tabatinga e Tefé.  

A garantia foi dada pelo ministro Eduardo Pazuello ao deputado federal Átila Lins (PP-AM).  

No entanto, o parlamentar solicitou que sejam implantadas mais seis UTI nos subpolos de Boca do Acre, Carauari, Eirunepé, Manicoré, Maués e São Gabriel da Cachoeira.  

Entre os 62 municípios amazonenses, somente a capital Manaus possui UTI para tratamento de pacientes com coronavírus (covid-19) e outras doenças graves.  

De acordo com a Associação Amazonense de Municípios (AAM), no momento, há três municípios em estado de alerta, cinco em estado de emergência e um em estado de calamidade pública.

UTI é urgente 

“Disse ao ministro ser mais que urgente a implantação de UTI no interior, pois, é inadmissível nenhum município do nosso estado continuar sem uma unidade de terapia intensiva”, contou Átila Lins. 

O deputado informou a Pazuello que todos os casos graves de covid-19 e das demais doenças ocorridas no Amazonas são obrigados a serem atendidos em Manaus.  

“Esperamos que o governo federal resolva este problema e inclua mais seis municípios, além dos oito prometidos”, disse o parlamentar.

Respiradores 

O decano da bancada amazonense foi ao Ministério da Saúde levar uma série de reivindicações de prefeituras do estado do Amazonas para ajudar no combate à pandemia de covid-19. 

Solicitadas pela Associação Amazonense de Municípios (AAM), os prefeitos e o parlamentar pediram ao ministro Eduardo Pazuello 100 unidades de respiradores, aquisição de concentradores e miniusinas de oxigênio. 

“O ministro prometeu atender esse pleito e achou muito justo”, informou Átila Lins.  

De acordo com o pedido, a distribuição dos respiradores ficaria dessa forma: 

30 cidades que dispõem de 1 respirador, passariam a ganhar mais 2 (um total de 3);  

10 que já possuem 2 respiradores, ficariam com mais 1 respirador (3 no total);  

Oito municípios que tem  hoje três respiradores, ganhariam mais um (4 no total).

Miniusinas de oxigênio 

Outro pedido foi a implantação de miniusinas de oxigênio para atender todos os municípios, já que a metade ainda não dispõe desse equipamento. O ministro garantiu que até o final de março será resolvido.  

Ainda em nome da entidade dos prefeitos amazonenses, Átila solicitou a compra de concentradores de oxigênio para atender os municípios que ainda não têm usina de oxigênio.

Vacinação no Amazonas 

Ao representante do Amazonas na Câmara dos Deputados, o ministro Pazuello garantiu também que as 540 mil doses de vacinas a serem aplicadas na população de 50 a 69 anos deverão ser entregues ao governo do estado até 7 de abril.  

“O ministro assegurou que tem atuado sempre atendendo de forma excepcional o nosso estado. Agora mesmo, na distribuição de novas doses de vacina, o Amazonas ganhou novamente uma cota a mais”, informou. 

Lins disse ter reiterado ao ministro da Saúde o apelo – endereçado ao MS por meio da Indicação 092/21 – para que a vacinação do Amazonas alcance até maio, 1/3 de sua população, cerca de 1,4 milhão de pessoas, para diminuir a intensidade de uma provável terceira onda, que segundo os especialistas pode chegar no Amazonas daqui a dois meses.

Custo Amazônia 

 Outro apelo, já feitos pelo governo do estado e prefeituras, é quanto ao “custo Amazônia”, onde o valor pago a um procedimento médico (cirurgia) feito no interior de São Paulo é o mesmo que se fosse feito no interior do Amazonas, que devido a logística, encarece a sua realização.  

O ministro alegou que o SUS é nacional e os cálculos são feitos dessa forma. Mas, que já aumentou o pagamento das cirurgias.  

A Associação Amazonense de Municípios também solicitou recursos no valor de R$ 61 milhões para custeio de ações e serviços de enfrentamento à covid-19, como atenção primária, especializada, vigilância em saúde e assistência farmacêutica.

Foto: divulgação/assessoria