Da Redação do BNC Amazonas em Brasília
O Ministério da Saúde deverá implantar o mais rápido possível unidades de terapia intensiva (UTI) em oito municípios do Amazonas.
Deverão receber as unidades os municípios-polos de Coari, Humaitá, Itacoatiara, Lábrea, Manacapuru, Parintins, Tabatinga e Tefé.
A garantia foi dada pelo ministro Eduardo Pazuello ao deputado federal Átila Lins (PP-AM).
No entanto, o parlamentar solicitou que sejam implantadas mais seis UTI nos subpolos de Boca do Acre, Carauari, Eirunepé, Manicoré, Maués e São Gabriel da Cachoeira.
Entre os 62 municípios amazonenses, somente a capital Manaus possui UTI para tratamento de pacientes com coronavírus (covid-19) e outras doenças graves.
De acordo com a Associação Amazonense de Municípios (AAM), no momento, há três municípios em estado de alerta, cinco em estado de emergência e um em estado de calamidade pública.
UTI é urgente
“Disse ao ministro ser mais que urgente a implantação de UTI no interior, pois, é inadmissível nenhum município do nosso estado continuar sem uma unidade de terapia intensiva”, contou Átila Lins.
O deputado informou a Pazuello que todos os casos graves de covid-19 e das demais doenças ocorridas no Amazonas são obrigados a serem atendidos em Manaus.
“Esperamos que o governo federal resolva este problema e inclua mais seis municípios, além dos oito prometidos”, disse o parlamentar.
Respiradores
O decano da bancada amazonense foi ao Ministério da Saúde levar uma série de reivindicações de prefeituras do estado do Amazonas para ajudar no combate à pandemia de covid-19.
Solicitadas pela Associação Amazonense de Municípios (AAM), os prefeitos e o parlamentar pediram ao ministro Eduardo Pazuello 100 unidades de respiradores, aquisição de concentradores e miniusinas de oxigênio.
“O ministro prometeu atender esse pleito e achou muito justo”, informou Átila Lins.
De acordo com o pedido, a distribuição dos respiradores ficaria dessa forma:
– 30 cidades que dispõem de 1 respirador, passariam a ganhar mais 2 (um total de 3);
– 10 que já possuem 2 respiradores, ficariam com mais 1 respirador (3 no total);
– Oito municípios que tem hoje três respiradores, ganhariam mais um (4 no total).
Miniusinas de oxigênio
Outro pedido foi a implantação de miniusinas de oxigênio para atender todos os municípios, já que a metade ainda não dispõe desse equipamento. O ministro garantiu que até o final de março será resolvido.
Ainda em nome da entidade dos prefeitos amazonenses, Átila solicitou a compra de concentradores de oxigênio para atender os municípios que ainda não têm usina de oxigênio.
Vacinação no Amazonas
Ao representante do Amazonas na Câmara dos Deputados, o ministro Pazuello garantiu também que as 540 mil doses de vacinas a serem aplicadas na população de 50 a 69 anos deverão ser entregues ao governo do estado até 7 de abril.
“O ministro assegurou que tem atuado sempre atendendo de forma excepcional o nosso estado. Agora mesmo, na distribuição de novas doses de vacina, o Amazonas ganhou novamente uma cota a mais”, informou.
Lins disse ter reiterado ao ministro da Saúde o apelo – endereçado ao MS por meio da Indicação 092/21 – para que a vacinação do Amazonas alcance até maio, 1/3 de sua população, cerca de 1,4 milhão de pessoas, para diminuir a intensidade de uma provável terceira onda, que segundo os especialistas pode chegar no Amazonas daqui a dois meses.
Custo Amazônia
Outro apelo, já feitos pelo governo do estado e prefeituras, é quanto ao “custo Amazônia”, onde o valor pago a um procedimento médico (cirurgia) feito no interior de São Paulo é o mesmo que se fosse feito no interior do Amazonas, que devido a logística, encarece a sua realização.
O ministro alegou que o SUS é nacional e os cálculos são feitos dessa forma. Mas, que já aumentou o pagamento das cirurgias.
A Associação Amazonense de Municípios também solicitou recursos no valor de R$ 61 milhões para custeio de ações e serviços de enfrentamento à covid-19, como atenção primária, especializada, vigilância em saúde e assistência farmacêutica.
Foto: divulgação/assessoria