A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, nomeou seis integrantes do conselho técnico-científico do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) para um mandato de dois anos.
Trata-se do mais alto conselho do Inpa que tem, entre outras funções, apreciar e emitir parecer sobre a execução orçamentária e financeira do órgão.
Ao BNC Amazonas , a ministra já havia dito que quer cooperação entre as unidades de pesquisa na Amazônia para que estejam focadas na bioeconomia e impulsionar o país na reindustrialização em bases verdes.
Luciana disse que o museu Emílio Goeldi, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e o Inpa terão papel estratégico nesse projeto.
“A última convocação desse conselho ocorreu em julho de 2022. De lá para cá, o Inpa deixou de cumprir com obrigações regimentais e de receber as orientações emanada de um conselho de alto nível com representantes dos grupos de interesse relevantes”, disse o diretor do Inpa, Henrique Pereira.
De acordo com ele, haverá de imediato a primeira convocação do conselho para avaliar o relatório de gestão de 2023.
“Pelas regras, teremos duas reuniões anuais ordinárias do conselho que em nossa gestão procuraremos assegurar”.
Para se ter ideia da importância do conselho, a ministra nomeou para uma das vagas o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, que vai representar a comunidade científica.
O professor de física da Universidade de São Paulo (USP) ganhou notoriedade com a sua atuação à frente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
No primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (2019), ele foi demitido depois de alertar sobre o desmatamento na Amazônia.
O conselho também terá a participação de Sérgio Lucena Mendes, diretor do Instituto Nacional da Mata Atlântica (Inma).
Na lista dos nomeados também estão os representantes dos servidores: as pesquisadoras Sônia Alfaia, coordenadora-geral de pesquisa, captação e extensão; e Ana Carla Bruno, que é antropóloga e especialista em línguas indígenas.
Foram reconduzidos ao conselho, como representantes de outros órgãos, João Valsecchi do Amaral, diretor do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá; e Márcia Perales Silva, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam).
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Conselho e atribuições
Além do parecer sobre a execução orçamentária, compete ao conselho:
Emitir pareceres relativos ao relatório anual de atividades, aos programas científicos e tecnológicos;
Avaliar os resultados do relatório anual de atividades, aos programas científicos e tecnológicos, para que melhor possam atender às políticas de trabalho definidas;
Manifestar-se sobre propostas de modificação do regimento interno e da estrutura organizacional; e
Reunir-se ao menos duas vezes ao ano e quando convocado extraordinariamente.
Foto: Diego Galba (ASCOM/MCTI)