Ministra diz que não há saída à Amazônia sem ciência

De acordo com ela, o ministério da Ciência e Tecnologia tem diversas ações em prol da mitigação e adaptação às mudanças climáticas

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 10/11/2023 às 18:57 | Atualizado em: 10/11/2023 às 19:00

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, disse que “a crise climática está posta” e que regiões como a Amazônia e o Cerrado terão que enfrentá-las com o uso da ciência.

“Não há saída para o combate à destruição da Amazônia e do Cerrado e para os planos de mitigação e adaptação às mudanças do clima sem ciência”, disse a ministra.

Luciana reforçou o compromisso da pasta em disponibilizar informações baseadas “na melhor ciência disponível para contribuir com as discussões da agenda ambiental e climática do país”.

De acordo com ela, a pasta tem diversas ações em prol da mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Entre as quais, está o desenvolvimento conjunto com a China de um novo satélite de sensoriamento remoto no âmbito do programa CBERS, que permite geração de dados em qualquer condição de tempo e através de nuvens.

Além disso, o ministério é responsável pela elaboração do Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa, que aprimora o conhecimento científico, identifica o perfil de emissões e contribui para o desenvolvimento de políticas públicas efetivas nesse setor.

Outra iniciativa, divulgada pelo ministério, busca expandir, para todo o território nacional, em parceria com a Embrapa e IBGE, a ferramenta TerraClass, que classifica a cobertura e o uso da terra.

A ferramenta permite subsidiar a gestão ambiental, o planejamento territorial e os estudos sobre as mudanças da cobertura e uso da terra.

“O desenvolvimento do modelo comunitário do Sistema Terrestre, o Monan, associado à compra do novo supercomputador para o Inpe – um investimento de R$ 200 milhões da pasta é outro exemplo de iniciativa do ministério na agenda climática”, diz nota.

O projeto permitirá o avanço no entendimento dos processos físicos que governam o clima do planeta Terra com ênfase no Brasil.

Outras iniciativas foram divulgadas como a Torre Atto, que monitora os processos biogeoquímicos que ocorrem na floresta tropical, e o projeto AmazonFace, que vai simular as condições de aumento de dióxido de carbono na atmosfera para entender como a Amazônia se comporta.

Com informações do ministério.

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