Ministro dá prazo de dez dias para normalização da energia no Amapá 

O ministro Bento Albuquerque esteve, hoje (9), com o presidente Bolsonaro tratando sobre o apagão no estado nortista. O presidente do Senado quer que a empresa Isolux perca a concessão e o serviço retorne à Eletronorte.  

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Da Redação do BNC Amazonas em Brasília 

Publicado em: 09/11/2020 às 16:47 | Atualizado em: 10/11/2020 às 14:27

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciou que o prazo para o restabelecimento de 100% da energia no Amapá está mantido em dez dias. O ministro esteve, nesta tarde de segunda-feira (9), com o presidente Jair Bolsonaro se reportando ao caso, após a chegada de geradores no estado (foto).

Um incêndio que atingiu a subestação de energia elétrica no estado provocou um apagão em 13 dos 16 municípios amapaenses. Assim sendo, fornecimento de luz e água estão suspensos há quase uma semana.  

Por conta do blecaute, o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) pressionou. Disse hoje vai exigir, junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), investigação rigorosa das responsabilidades da Isolux. 

A empresa é a concessionária responsável pela subestação de energia elétrica no Amapá.

Davi defende que a Isolux perca a concessão e que a Eletronorte assuma o comando da subestação no Amapá. 

“Os amapaenses exigem a apuração das autoridades e que a responsabilidade de todos os fatos que levaram ao apagão no estado sejam rigorosamente investigados”, pediu o comandante do Congresso Nacional. 

Se comprovada a negligência da Isolux, Alcolumbre exige que a concessão seja imediatamente cassada. Dessa forma, a Eletronorte assumiria o comando do serviço de geração e distribuição de energia no estado. 

 

 Sabotagem 

 O senador do Amapá solicitou segurança e proteção à subestação de possíveis sabotagens. O pedido foi feito ao comandante da 22° Brigada de Infantaria de Selva- Foz do Amazonas, general Adilson Giovani Quint.

“Neste momento, é importante garantir a segurança do transformador, que possibilitou o restabelecimento parcial da energia no estado. Mas é fundamental que se investiguem as causas que acarretaram o incêndio na subestação no Amapá”, declarou o presidente do Senado.  

Apuradas as causas, Alcolumbre pede que “os responsáveis sejam exemplarmente punidos para que essa tragédia nunca mais se repita”. 

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Justiça dá ultimato 

A Justiça Federal do Amapá deu ultimato à concessionária de energia. Determinou, no último sábado (7), que a Isolux restabeleça o fornecimento de energia elétrica no estado no prazo de três dias.

A decisão do juiz João Bosco Costa Soares da Silva fixa multa de R$ 15 milhões em caso de descumprimento. 

O magistrado marcou, entretanto, uma inspeção judicial na subestação para esta terça-feira (10). Será averiguado o andamento das obras de reparação e o cumprimento parcial da decisão.

De acordo com o documento, a Isolux deve apresentar em até 12 horas um plano de ações para o restabelecimento do serviço. 

 

Foto: Ministério de Minas e Energia/divulgação