Ministro do STF mantém quebra de sigilos de Ernesto Araújo
Ex-ministro do Exterior é investigado por suposta "negligência em trabalhar em âmbito internacional para conseguir vacinas e insumos para o Brasil"

Publicado em: 21/06/2021 às 21:03 | Atualizado em: 21/06/2021 às 21:03
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Superior Tribunal Federal), rejeitou um recurso do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, alvo da CPI da covid (coronavírus), contra a quebra de sigilos telefônico e telemático determinadas pelos senadores contra o ex-chefe do Itamaraty.
Moraes já havia negado, no último dia 12, um pedido do ex-ministro contra as medidas tomadas pela comissão. Araújo (foto) recorreu da decisão, mas foi novamente derrotado.
O pedido de quebra de sigilos do ex-ministro foi aprovado no início do mês.
A justificativa do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), autor do requerimento, foi uma suposta “negligência do ex-chanceler em trabalhar em âmbito internacional para conseguir vacinas e insumos para o Brasil”, o que teria ficado demonstrado em diálogos com a China, a Índia e vizinhos na América Latina.
Embargos rejeitados
Após o despacho de Alexandre de Moraes autorizando as medidas, Araújo entrou com embargos de declaração (recursos que pedem o esclarecimento da decisão) alegando que houve omissões na ordem do ministro do Supremo a favor das quebras de sigilo.
Moraes, porém, rejeitou o argumento e não fez nenhuma correção naquela decisão. O ex-chanceler prestou depoimento à comissão no dia 18 de maio.
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Foto: Arthur Max/Ministério das Relações Exteriores