Ministro do STF livra Temer e Franco de serem rĂ©us no fĂ³rum de Bretas
O ministro Alexandre de Moraes entendeu que o juiz federal Marcelo Bretas nĂ£o era competente para analisar a denĂºncia oferecida pelo MinistĂ©rio PĂºblico Federal contra os polĂticos na operaĂ§Ă£o DescontaminaĂ§Ă£o

Publicado em: 20/04/2021 Ă s 19:46 | Atualizado em: 20/04/2021 Ă s 19:46
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes (foto) anulou, nesta terça-feira (20), a decisĂ£o do juiz Marcelo Bretas.
O magistrado Ă© responsĂ¡vel pela Lava Jato do Rio, que recebeu denĂºncia e transformou em rĂ©us o ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro Moreira Franco.Â
O ministro entendeu, entrementes, que Bretas nĂ£o era competente para analisar a denĂºncia oferecida pelo MinistĂ©rio PĂºblico Federal contra os polĂticos na operaĂ§Ă£o DescontaminaĂ§Ă£o.
Essa operaĂ§Ă£o Ă© o desdobramento da Lava Jato no Rio. Temer e Franco, portanto, chegaram a ser presos pela operaĂ§Ă£o, mas foram soltos em seguida.Â
A operaĂ§Ă£o DescontaminaĂ§Ă£o foi deflagrada a partir de fatos apurados no processo da operaĂ§Ă£o Radioatividade.
Dessa maneira, a Justiça Federal do Rio de Janeiro investigava fraudes em contratos firmados entre a Eletronuclear e as empresas AF Consult Ltd, Argeplan e Engevix.
O alvo do contrato seria, entĂ£o, um projeto de engenharia na usina nuclear de Angra 3.
Moraes acata recursoÂ
Alexandre de Moraes atendeu a um pedido da defesa de Moreira Fraco, conforme publicaĂ§Ă£o do G1.
O ministro do STF concordou, portanto, com a tese dos advogados de que os fatos investigados tĂªm conexĂ£o com outra investigaĂ§Ă£o. E o outro inquĂ©rito estĂ¡ em andamento na Justiça Federal em BrasĂlia.
Nessa outra investigaĂ§Ă£o, apura-se se uma suposta organizaĂ§Ă£o criminosa composta por polĂticos do MDB se uniram para atuar em desvios em vĂ¡rios Ă³rgĂ£os da administraĂ§Ă£o pĂºblica.Â
De acordo com o ministro, como a Lava Jato do Rio nĂ£o era competente para julgar o processo, todos os atos decisĂ³rios devem ser tornados nulos. Agora, o processo serĂ¡ analisado pela Justiça Federal em BrasĂlia.
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Foto: Marcos Oliveira/AgĂªncia Senado