Motos e bebidas puxam exportações no AM que somam US$ 60,5 milhões

País perde 2,4% na produção industrial em um mês, diz IBGE

Israel Conte

Publicado em: 02/10/2019 às 16:01 | Atualizado em: 03/10/2019 às 19:01

Puxadas pelos concentrados de bebidas e motocicletas, as exportações do Amazonas somaram US$ 60,551 milhões em agosto. O valor é maior 24,03% em comparação a agosto de 2018, e de 17,07% em relação a julho de 2019. Os dados são do  levantamento da Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Seplancti).

 

Do total exportado, outras preparações alimentícias (concentrado para bebidas, entre outros) se mantêm como principal categoria de produtos da pauta (34,66%), seguido por motocicletas (10,74%), somando ambos uma participação de 45,13%.

Os principais destinos foram Colômbia e Estados Unidos, para onde foram destinados 36,72% das exportações.

Motocicletas e outros ciclos apresentaram variação positiva na comparação com julho de 2019 (3,67%) e com agosto de 2018 (188,76%).

 

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O agravamento da situação econômica na Argentina fez o país ficar em terceiro lugar como destino das exportações do Amazonas, o que diminuiu as exportações de motocicletas e aumentarem as vendas para os Estado Unidos.

O estudo está disponível na página www.seplancti.am.gov.br, item indicadores e mapa/balança comercial.

 

Importação em queda

As importações do Amazonas em agosto registraram o valor total de US$ 862,133 milhões, o equivalente a 5,54% de participação nas importações do Brasil.

Em relação a julho de 2019, ocorreu uma queda de 7,30%, e em comparação a agosto de 2018, houve um decréscimo de 7,72%.

Isso reflete o déficit da balança comercial, com redução de 8,73% em relação a julho de 2019, e de 9,74% na comparação com agosto de 2018.

 

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Essa diminuição nas importações foi provocada pela queda nas atividades industriais e pelo resultado negativo das vendas do comércio varejista na categoria de equipamentos para escritório, informática e comunicações.

A maior parte das importações se destina aos polos de produtos eletrônicos e de informática, que abastecem esse tipo de comércio.

 

Manaus lidera

A corrente de comércio do Amazonas (soma das importações com as exportações) totalizou US$ 922,685 milhões.

Na análise por município, Manaus lidera as compras e vendas, com o total US$ 916,087 milhões, seguida por Presidente Figueiredo, que alcançou o valor de US$ 3,930 milhões.

Em agosto, a participação do Amazonas na corrente de comércio do Brasil alcançou os 2,69%.

A capital Manaus registrou queda de 6,14% na comparação com agosto de 2018, e de 6,01% na comparação com julho de 2019. Essa diminuição se deve à queda nas importações, que afetaram o polo de eletrônicos e informática.

 

P. Figueiredo

Fora do eixo da capital, Presidente Figueiredo foi o maior município exportador (US$ 3,827 milhões), com participação de 12,04% das exportações do estado.

O principal produto exportado foi ferro-ligas (ferronióbio) para a China.

Itacoatiara, com US$ 1,003 milhão, foi o segundo município que mais exportou. Sua participação é de 1,66% nas exportações estaduais, com a madeira serrada sendo o principal produto exportado, aos Países Baixos.

Presidente Figueiredo também teve destaque nas importações, com um volume de US$ 103 mil, em primeiro lugar entre os municípios.

A participação foi de 0,01%, tendo como principal produto agentes orgânicos de superfície, oriundo dos Estados Unidos.

Rio Preto da Eva foi o segundo maior importador (US$ 36 mil), com participação de 0,004% nas importações do estado. O produto principal são os poliacetais, oriundos de Cingapura.

 

 

*Com informações da Secom.