Nesta quinta-feira (06), o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF) para investigar a presença e atividades de organizações nazistas e neonazistas no Brasil. A informação é do jornalista Getulio Xavier publicada no site do da revista Fórum .
O ministro declarou em suas redes sociais que há indícios de que esses grupos extremistas estejam realizando ações coordenadas em diferentes estados e que o objetivo da investigação é apurar a propagação de discursos de ódio e a prática de crimes de racismo e apologia ao nazismo no país.
O anúncio ocorreu após a descoberta de um grupo neonazista em Santa Catarina, com ligações internacionais, que recrutava jovens pela internet.
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De acordo com um relatório do Observatório Judaico de Direitos Humanos no Brasil, os episódios neonazistas cresceram durante o governo de Jair Bolsonaro, e o número de grupos neonazistas no país aumentou significativamente após a sua ascensão.
Os recentes ataques em escolas do Brasil por jovens armados também aumentaram a preocupação com a difusão de discursos extremistas em fóruns da internet.
Flerte de do bolsonarismo com o nazismo
O presidente da CPI da covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), enfatizou hoje (3) na abertura dos trabalhos da comissão: ‘Nazismo não’. Tais palavras em referência ao encontro do presidente Jair Bolsonaro com a deputada alemã Beatrix von Storch.
Por exemplo, a deputada é vice-líder do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o qual é investigado por propagar ideias extremistas e neonazistas.
Por isso, Omar Aziz repudiou o encontro entre Bolsonaro e Beatriz, considerada nazista. Conforme informações do Metrópoles.
Por conseguinte, Aziz afirmou que o Congresso Nacional não pode se calar diante do aceno do mandatário do país a apoiadores do nazismo.
“Temos que respeitar o povo judeu. Eu vejo várias bandeiras de Israel nas manifestações pró-Bolsonaro e ele às escondidas se reúne com uma deputada nazista. Este congresso, o presidente do Congresso Nacional, não podem se calar, não podemos permitir isso. Nazismo não”, enfatizou.
Dessa forma, Aziz classificou o episódio como “uma afronta”.
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil