Israel Conte , enviado a Brasíia, e Aguinaldo Rodrigues , da Redação
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), em encontro oficial com o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, general Santos Cruz, nesta quarta, dia 8, em Brasília, disse que foi reafirmar sua confiança nos militares chamados para a equipe do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e prestar solidariedade também ao general Eduardo Villas-Bôas contra os ataques do “suposto filósofo” Olavo de Carvalho, a quem chamou de apedeuta.
Arthur disse que é preciso dar um basta aos ataques estúpidos de “homem desse, figura sem nenhuma importância, sem nenhum livro relevante, que não diz nada que se aproveite, que leva uns incautos com eles, influencia pessoas próximas do presidente Bolsonaro”.
Chamou esses episódios de lamentáveis porque “por incrível que pareça, a gente tem um governo que sempre defende o civilismo. E civilismo não é para ser defendido só por civis. É para ser defendido também pelos militares que acreditam na democracia. Então, os verdadeiros civilistas deste governo são os militares que [Bolsonaro] recrutou”.
Sobre a referência que Carvalho fez ao general Villas-Bôas, Arthur disse que “foi uma ousadia atacar o grande líder do Exército, grande homem, inclusive se referindo à doença que desgraçadamente atingiu um homem da vitalidade do Villas-Bôas”.
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Insegurança no Amazonas
A pauta do prefeito da capital do Amazonas foi para tratar também da violência e criminalidade crescente no estado, sobretudo em Manaus.
Segundo Arthur, embora a segurança pública seja uma atribuição básica do Governo do Estado, sua preocupação é que o crime organizado vem avançando perigosamente.
Citou, inclusive, fato deste dia, em que uma guarnição da Polícia Militar foi vítima de ataque dos traficantes de drogas no município de Coari, a 363 quilômetros da capital. A região vem se tornando de domínio de narcotraficantes que usam o rio Solimões para escoar drogas da tríplice fronteira com Peru e Colômbia.
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Ataques a UBS e escolas
“É uma preocupação minha porque os meus governados estão em perigo, ameaçadas, as pessoas que trabalham e pegam em ônibus são assaltadas, assim como as que trabalham em UBS [unidades de saúde] e escolas”, disse o prefeito ao BNC Amazonas .
Entre as dezenas de ocorrências, Arthur citou caso de 2018 em que crianças e professores foram feitas reféns de um grupo de criminosos durante assalto à escola Padre Calleri, na zona rural de Manaus, no km 12 da BR-174 (Manaus-Boa Vista).
Arthur disse a Santos Cruz que a capital está vulnerável à ação dos criminosos, que “nos desafia e nos afronta”.
Segundo ele, o general também entende que o Estado precisa combater agora para que não corra o risco de, em um futuro cada vez mais próximo, não conseguir recuperar o controle da segurança e da integridade da Amazônia.
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Foto: Reprodução/Facebook Arthur Neto