Omar Aziz fala das expectativas do novo depoimento de Queiroga na CPI
Na visão do presidente da CPI, "quem é o ministro da Saúde é o Bolsonaro"

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 06/06/2021 às 11:50 | Atualizado em: 06/06/2021 às 12:01
O presidente da CPI da covid do Senado, Omar Aziz (PSD-AM), tem muitas expectativas em relação ao novo depoimento que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prestará à comissão na terça-feira (8).
O senador disse acreditar que será uma boa oportunidade para o representante do governo esclarecer se ele, realmente, conta com autonomia para comandar a pasta.
Por exemplo, no enfrentamento do novo coronavírus, como disse na primeira vez em que foi inquirido pelo colegiado, no início de maio.
Em entrevista ao Estado de Minas, Omar Aziz, disse que à medida que as investigações avançam, crescem as evidências de que o Ministério da Saúde nunca teve autonomia para agir no combate à crise sanitária.
As suspeitas são de que um ‘gabinete paralelo’, formado por médicos e assessores do Palácio do Planalto, é responsável por orientar as ações federais contra a covi-19.
Nesse cenário, a recomendação e a distribuição de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença ganharam mais prioridade do que a aquisição de vacinas. Na visão do presidente da CPI, “quem é o ministro da Saúde é o Bolsonaro”.
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Queiroga e Bolsonaro
Aziz disse ainda que, o problema é que o Queiroga, ele rema para um lado, e a cúpula do governo rema para outro. (Como médico), isso é ruim para ele.
É simples assim. Quem é o ministro da Saúde é o Bolsonaro.
Além disso, o senador falou sobre os ataques de Bolsonaro.
“A minha resposta ao presidente é para ele não perder tempo comigo e comprar vacinas. Só isso, mais nada. Eu não falo dele, da família dele. Você nunca ouviu eu dizer que o presidente é um genocida. Nunca ouviu eu dizer que ele é um assassino, eu nunca disse isso. E nem sobre a família dele. A única coisa que eu respondo é: ‘Presidente, eu sou muito pequeno. Em vez de se preocupar comigo, perca seu tempo comprando vacina’. Eu não faço pré-julgamento de ninguém, e não quero ser pré-julgado”.
Leia a matéria completa no Estado de Minas.
Foto: Pedro França/Agência Senado