Pablo diz que precisa saber o que quer Bolsonaro após saída do PSL

Mariane Veiga
Publicado em: 12/11/2019 às 17:57 | Atualizado em: 13/11/2019 às 15:40
Iram Alfaia, de Brasília
Ainda no reflexo da crise interna do seu partido, o deputado Pablo Oliva (PSL) disse ao BNC Amazonas que não tem o que dizer sobre a saída do presidente da República, Jair Bolsonaro, do partido e se seguiria o presidente a se confirmar essa informação que circula em todo o país.
“Preciso conversar com o presidente. Tem uma reunião com os parlamentares e logo depois vou reunir [sic] sozinho com ele”, disse o deputado que se negou a gravar entrevista.
Ele confirmou sua participação na reunião desta terça-feira, dia 12, no Palácio do Planalto, e ainda um encontro reservado com Bolsonaro. “O encontro está atrasado, mas vai acontecer”, disse.
“Eu não tenho nada a dizer. Não sei o que vai acontecer. Só que não posso ficar sem partido ou ir, por exemplo, para o Pros, que é o partido do ex-governador preso”, afirmou, em referência a José Melo, no Amazonas.
O deputado disse que o perigo de perder o mandato é real. “Nós não somos donos do mandato, o mandato pertence ao partido”.
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Longe da “velha política”
Pablo também deu a entender que não quer ficar refém de caciques políticos no Amazonas.
“Eu vou para o MDB do Braga ou o PSD do Omar?!”, disse, sobre os senadores Eduardo Braga e Omar Aziz.
Diferentemente do deputado amazonense, vários deputados já preveem o PSL sem o presidente.
O deputado Júnior Bozella (PSL-SP), um dos principais aliados do presidente do partido, Luciano Bivar, disse ao portal UOL que o partido ficará menos radical com a saída do presidente.
“Vamos continuar de direita, mas não somos extremistas. Defendemos o diálogo, somos diferentes do Bolsonaro”, disse.
Bozella ainda avisou que os parlamentares bolsonaristas que ficarem na sigla serão bem tratados, inclusive Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.
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Foto: Ricardo Albertine/Câmara dos Deputados