A novela do leilão do Tropical Hotel ganhou um novo capítulo.
A empresa Geretepaua Engenharia Ltda, do Pará, que arrematou o complexo por R$ 255 milhões, em fevereiro , alegou que a crise do coronavírus inviabilizou o negócio.
Assim, o empreendimento em Manaus, que já hospedou reis, artistas de Hollywood e presidentes de países, caiu no colo da empresa amazonense Nyata Serviços Financeiros Ltda.
Foi dela o lance de R$ 135 milhões, o terceiro maior num leilão que teve até milionário envolvido.
Desistência
Em documento enviado à 4ª Vara Cível e Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro, em 24 de março, a Geretapaua diz que “a projeção inicial para retorno” do investimento no Tropical Hotel “era de 7 anos”.
E continua justificando que “diante da atual crise mundial do coronavírus inexistem parâmetros para projetar a viabilidade do negócio, sendo que seus consultores não encontraram justificativa para liberar referida aquisição, pois entendem que os efeitos da presente crise se estenderão pelos próximos 25 anos, inviabilizando um negócio cujo retorno dos capitais se projetaria para 40 anos em diante”.
Assim, a empresa paraense informa que declinou do segundo maior lance ofertado pelo Tropical Hotel em leilão ocorrido em 11 de fevereiro.
O primeiro havia sido do empresário Otacílio Soares de Lima. Mas, ele não depositou o valor de R$ 260 milhões em tempo hábil.
Novo arremate
Ainda ontem, a Nyata também enviou ofício ao leiloeiro público Jonas Rymer, responsável pelo pregão.
No documento, a empresa pede as guias de depósito judicial relativas a oferta de R$ 135 milhões.
E destaca que “ficou consignado no auto de arrematação […] que, em caso de inadimplemento, ficaria homologado o lance do 2º colocado e assim sucessivamente”.
Memória
Esta não é a primeira vez que a Nyata arremata o Tropical Hotel.
Em dezembro de 2019, a empresa já havia ofertado R$ 120 milhões pelo empreendimento.
Mas a empresa não efetuou o pagamento de caução de 5% do lance em tempo hábil e o empreendimento foi novamente à leilão.