Partido volta ao STF contra decreto ruim à ZFM, anuncia candidato
Ricardo Nicolau alinhou com o Solidariedade a ação em defesa dos interesses do Amazonas

Diamantino Junior
Publicado em: 03/08/2022 às 15:46 | Atualizado em: 03/08/2022 às 15:46
O Solidariedade vai voltar a recorrer ao STF contra decreto de IPI do governo Bolsonaro deste 31 de julho. O partido foi o que entrou na Justiça pela Zona Franca de Manaus (ZFM) em medidas anteriores do governo que prejudicam o polo industrial.
O anúncio foi feito hoje (3) por intermédio do candidato do Solidariedade ao Governo do Amazonas, Ricardo Nicolau.
Conforme Nicolau, Bolsonaro continua prejudicando o Amazonas e a zona franca. Com o decreto 11.158, ele zera o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos concentrados de refrigerantes.
Por consequência, a medida retira a competitividade das indústrias do setor e pode causar a saída de empresas da ZFM e até do Brasil.
Nicolau também criticou o Governo do Estado por silenciar diante da ameaça aos empregos.
“A Zona Franca de Manaus é de fundamental importância para nós e o Governo do Estado. Por isso não pode ser omisso”.
Nicolau afirmou que o Solidariedade foi o único partido que foi à Justiça contra os ataques anteriores e obteve sucesso.
Ele se referiu, portanto, à ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal contra dois decretos de Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes.
Por decisão do ministro Alexandre de Moraes, a ZFM foi excluída dos efeitos ruins da redução do IPI.
Conforme o coordenador da bancada federal do Amazonas no Congresso, senador Omar Aziz (PSD), Bolsonaro quer burlar a medida do STF com o novo decreto.
Da mesma opinião compartilha o deputado federal Marcelo Ramos (PSD).
Economia sustentável
Nicolau propõe, sem abrir mão da ZFM, a diversificação da economia do Amazonas com base no desenvolvimento sustentável.
Também defende expansão do polo industrial com novos setores, como o de biocosméticos, por exemplo.
Foto: Marcelo Cadilhe/divulgação