Pazuello não sustenta na Polícia Federal versão sobre crise do oxigênio em Manaus

Anteriormente, Pazuello havia dito que foi avisado do problema no dia 8 de janeiro, mas, à PF, relatou que foi dias depois

Mariane Veiga

Publicado em: 27/02/2021 às 18:46 | Atualizado em: 01/03/2021 às 10:36

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mudou sua versão inicial sobre quando ficou sabendo do risco de colapso na crise da saúde em Manaus.

Pazuello prestou depoimento à Polícia Federal (PF) no dia 4 de fevereiro, em Brasília, no inquérito sigiloso do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura se ele foi omisso nas ações de combate à pandemia em Manaus.

O jornal “O Estado de S. Paulo” revelou o documento com o depoimento de Pazuello.

No depoimento, o ministro afirma que não foi informado sobre a falta de oxigênio em Manaus no dia 8 de janeiro, e sim dois dias depois.

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A informação contradiz um documento oficial entregue pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao STF, assinado pelo advogado geral, José Levi.

Ele afirmou que o Ministério da Saúde ficou sabendo da falta de oxigênio em Manaus, no dia 8, pela empresa White Martins, fabricante do produto.

No depoimento, Pazuello afirma que só no domingo, dia 10 de janeiro, às 21h, realizou uma reunião com o governador do estado do Amazonas. E nessa oportunidade foi relatado um problema de abastecimento de oxigênio no estado.

E que no dia 11 convocou uma reunião para entender a abrangência da falta de oxigênio.

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Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República