Ex-ministro de Bolsonaro cala em interrogatório da polícia
Anderson Torres é investigado por crimes como terrorismo, golpe de Estado e associação criminosa
Diamantino Junior
Publicado em: 18/01/2023 às 12:15 | Atualizado em: 18/01/2023 às 12:15
O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres optou por permanecer calado durante a manhã desta quarta-feira (18/1), ao depor no 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM), onde está preso há quatro dias.
O depoimento começou às 10h30 e terminou cerca de 1h20 depois. Pouco antes do início das oitivas, o advogado Rodrigo Roca, que representa a defesa do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, chegou ao 4º BPM, no Guará 2.
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Além de Rodrigo Roca, delegados da Polícia Federal (PF) estão no local para ouvir o que o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) tem a dizer. Torres é investigado por crimes como terrorismo, golpe de Estado e associação criminosa.
Três carros chegaram ao local onde o ex-secretário está detido antes do início do depoimento. Há chance de Torres ser transferido para a Papudinha nesta quarta-feira (18/1), depois de ouvido pelos policiais.
Vistoria geral
A Polícia Federal (PF) trabalha na recuperação de informações pela nuvem de dados, com ajuda de equipamentos de inteligência, no celular do ex-ministro Anderson Torres.
É que os agentes da PF não contam com o aparecimento do aparelho telefônico do ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Como divulgou o blog da Ana Flor, do g1, os investigadores começaram a trabalhar para ver o que Torres escondeu no celular nos Estados Unidos.
De acordo com a publicação, o ex-ministro retornou ao Brasil sem o aparelho telefônico.
Com isso, chegou a postar em rede social que seu celular havia sido clonado no período em que estava na Flórida, nos Estados Unidos.
Então, os investigadores viram a postagem como um indicativo de que ele temia o conteúdo que estava no seu telefone.
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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil