A Polícia Federal (PF) deteve um grupo de 80 pessoas possíveis vítimas de tráfico humano do Haiti, que estavam em um voo da Fly All Ways, dia 26, no aeroporto internacional Eduardo Gomes, em Manaus.
Conforme a PF, o grupo portava Registro Nacional de Estrangeiros (RNE) falsificados. Esse é o documento que atesta a identidade de estrangeiros com residência temporária ou permanente no Brasil.
Os haitianos estão sob cuidados da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), do Governo do Amazonas.
A empresa aérea é do Suriname, para onde a Polícia Federal impediu que o grupo ilegal retornasse. Na segunda-feira (27), o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Agência da ONU para Refugiados (Acnur) pediram refúgio para os migrantes.
De acordo com a titular da Sejusc, Mirtes Salles, o grupo recebe apoio social, alimentação e logística. A secretária disse que avalia a possibilidade de instalação de abrigo temporário.
Enquanto isso, ficam hospedados em dois hotéis da capital.
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Ajuda humanitária
O grupo de haitianos foi submetido a teste do coronavírus (covid). Um deles testou positivo para a doença, foi isolado e está sendo tratado, segundo a Sejusc.
De acordo com o MPF, duas crianças que não estavam acompanhadas foram encaminhadas para o serviço de acolhimento da Prefeitura de Manaus.
Ainda de acordo com o órgão, os migrantes cumprirão quarentena obrigatória.
Dessa maneira, após o período, serão encaminhados a posto de identificação e triagem para regularização migratória. Só depois poderão seguir viagem normalmente.
Foto: Raine Luiz/Secom