PT, MDB, PSOL e mais sete partidos cobram ‘dĂzimo’ de filiados
As siglas defendem a prĂ¡tica, alegando que Ă© uma forma de promover a participaĂ§Ă£o dos filiados no financiamento dos partidos
Publicado em: 12/12/2020 Ă s 17:26 | Atualizado em: 12/12/2020 Ă s 17:26
Ao menos dez partidos polĂticos brasileiros cobram porcentagem do salĂ¡rio dos seus filiados que ocupam cargos comissionados na administraĂ§Ă£o pĂºblica.
Previsto no estatuto de PT, MDB, PSOL, Republicanos, PDT, Patriota, Pros, PRTB, PV e PCB, o “dĂzimo partidĂ¡rio” chega atĂ© a 15% do rendimento mensal de servidores de livre nomeaĂ§Ă£o e exoneraĂ§Ă£o, em geral destinados a posições de direĂ§Ă£o, chefia ou assessoria.
As siglas defendem a prĂ¡tica, alegando que Ă© uma forma de promover a participaĂ§Ă£o dos filiados no financiamento dos partidos.
No entanto, os repasses sĂ£o legais e passam por Ă³rgĂ£os de controle. Por outro lado, a doaĂ§Ă£o compulsĂ³ria Ă© criticada por incentivar o aparelhamento da mĂ¡quina pĂºblica. Dessa forma, acaba promovendo a entrada em todas as esferas de governo de filiados. Estes, nem sempre estĂ£o capacitados para as funções pĂºblicas.
Em 2008, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegou a proibir funcionĂ¡rio comissionado a doar para partido.
Em seu voto, o ministro Arnaldo Versiani argumentou que os filiados se sentiriam coagidos a contribuir com partidos, pois, como estĂ£o em cargos comissionados, podem ser demitos a qualquer momento.
Uma alteraĂ§Ă£o feita pelo Congresso na Lei dos Partidos PolĂticos em 2017, porĂ©m, passou a permitir explicitamente que as legendas recebam dinheiro de pessoas que ocupam cargos comissionados, desde que pertençam Ă sigla.
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