O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) está em tratativas para que a legenda esteja nas mãos do governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PDT), nas eleições do ano que vem.
As conversas estão avançadas e incluem encontros realizados em Manaus e no Rio de Janeiro, na casa do presidente da sigla, o delator do mensalão, Roberto Jefferson.
As reuniões envolveram o próprio presidente e o irmão dele Ricardo Francisco, enviado especial a Manaus para as primeiras conversas com o governador, informam aliados de Amazonino.
As fontes não falam sobre filiação, mas conjecturam que, com o PTB nas mãos Amazonino poderá trocar de partido, ou estar preparando a agremiação para acomodar aliados de primeira grandeza que ainda estão presos a partidos de seus ex-líderes políticos.
Esse é o caso, por exemplo, do deputado estadual e chefe da Casa Civil, Sidney Leite, que ainda está no Pros, partido que ficou nas mãos de Henrique Oliveira após a queda de José Melo, mas que precisará de um porto seguro para as suas pretensões políticas de 2018.
Sidney é opção do grupo de Amazonino para deputado federal e até mesmo para se tornar vice, caso seja preciso.
Tempo e fundo partidário
O PTB tem pressa em entregar a legenda para um forte grupo no Amazonas. Roberto Jefferson sabe que não pode contar com Sabino Castelo Branco, presidente estadual da sigla, que está internado em São Paulo desde agosto, após um fulminante AVC.
O partido está entre as dez maiores bancada da Câmara dos Deputados, com 20 parlamentares, o que significa dizer que possui também o décimo maior tempo de TV e proporcionalmente o décimo maior fundo partidário. E precisa manter ou aumentar seu quinhão.
Amazonino e o PTB
O governador Amazonino Mendes conhece muito tempo o PTB. Ele já fez parte da sigla. Foi filiado a ela que se elegeu prefeito de Manaus, em 2008, mas perdeu o partido quando Sabino, com apoio de Eduardo Braga (PMDB), articulou a tomada da agremiação logo depois daquele pleito.
Foto: BNC