Pesquisa PoderData mostra que o governo do presidente Jair Bolsonaro é aprovado por 50% dos brasileiros que receberam ou aguardam receber o auxílio emergencial.
Houve queda de 5 pontos percentuais em relação ao último levantamento, realizado de 12 a 14 de outubro. A avaliação ficou próxima à da média geral (48%).
Há um mês, 59% dos beneficiários aprovavam a administração federal.
A desaprovação do governo entre os beneficiários se manteve estável. Passou de 39% para 40% em duas semanas. Há 30 dias, a rejeição era 33%
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é realizada em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes .
Pesquisa via telefones
Os dados foram coletados de 26 a 28 de outubro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos.
Foram 2.500 entrevistas em 488 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
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Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os brasileiros que representem de forma fiel o conjunto da população.
Trabalho individual bem avaliado
O PoderData também perguntou aos entrevistados sobre o trabalho individual do presidente. Bolsonaro é bem avaliado (“ótimo ” e “bom ”) por 38% dos beneficiários do auxílio emergencial, assim como na média nacional. O percentual teve queda de 6 pontos percentuais em 15 dias, quando 44% desse grupo o aprovavam.
A parcela de beneficiários do programa que avaliam o desempenho do presidente como “ruim” ou “péssimo” é de 35% –alta de 7 pontos percentuais. No levantamento anterior, eram 28%.
O número de pessoas que afirmam ter recebido pelo menos uma parcela do auxílio variou de 33% para 34%. São 38% os que não estão aptos para receber, 9% que ainda aguardam, e 13% que tiveram o cadastro recusado.
Estratégia emergencial
O auxílio emergencial foi criado para mitigar os efeitos da crise econômica causada pela pandemia da covid-19. Com o isolamento social, milhões de brasileiros ficaram sem trabalhar.
A intenção inicial do governo era fazer 3 pagamentos de R$ 200 cada – durante a tramitação no Congresso, subiu para R$ 600.
Com a continuidade da pandemia no país, o benefício foi prorrogado com mais duas parcelas no mesmo valor.
Em 3 de setembro, por meio de medida provisória, o governo estendeu novamente o auxílio: mais 4 parcelas de R$ 300.
O valor começou a ser pago em 18 de setembro a beneficiários do Bolsa Família e em 30 de setembro aos demais.
Em decreto, publicado em 17 de setembro, o governo estabeleceu que os beneficiários que passaram a ter vínculo empregatício, ou a receber algum benefício previdenciário ou seguro-desemprego, depois do início do recebimento não terão direito às próximas 3 parcelas.
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Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República