O vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida Filho (PTB) mandou um recado direto aos que chamou de “oportunistas”.
“Quem tentar politizar a crise do coronavírus, vai dar um tiro no pé”.
Almeida referia-se às críticas feitas por parlamentares a algumas ações do governo, por exemplo, o pagamento de R$ 736 milhões de exercícios anteriores, em plena pandemia do coronavírus.
Os restos a pagar foram alvo dos deputados estaduais Wilker Barreto (Podemos), Dermilson Chagas (Progressistas) e Serafim Corrêa (PSB).
“Quem faz uma argumentação de que pagar exercício de ano anterior é irregular, tá pregando calote. A pergunta é: devemos cruzar os braços e deixar de lado o problema que foi deixado pelas gestões anteriores? Eu acho que não e nenhuma das empresas médicas acha que não”, afirmou o vice-governador.
Transparência na saúde
De acordo com Almeida, todas s despesas pagas pelo estado estão no Portal da Transparência.
“E em sua esmagadora maioria são despesas da área da saúde, em especial com cooperativas médicas e de enfermagem. Quando assumimos o governo, e eu assumi a Secretaria de Saúde, nós dissemos para a mídia que iríamos pagar a competência de exercício anteriores, não iríamos dar calote. Até porque o Amazonino [Mendes, antecessor da gestão] deixou cinco meses não pagos para tudo quanto foi empresa médica e a Central de Medicamentos destruída”, lembrou.
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Almeida disse que as empresas que receberam o pagamento de exercícios anteriores continuam prestando serviços ao estado.
O vice-governador afirmou ainda que os pagamentos de exercícios anteriores aconteceram até fevereiro de 2020, portanto, antes do impacto da crise do coronavírus no estado.
“A maioria foi paga até fevereiro de 2020. Não havia previsão do impacto do coronavírus. Em março, após os decretos do governo do estado para enfrentar a pandemia, todos os recursos foram prioritariamente para o funcionamento especifico de estrutura para atendimento, equipamentos e pessoal. […] Não cabe na cabeça de ninguém deixar esses guerreiros [os profissionais de saúde] que atuam na linha de frente com uma preocupação financeira adicional”, destacou.
Buffett
Um outro exemplo de oportunismo, de acordo com Almeida, foi em relação ao serviço de buffett da Casa Civil, da qual é chefe.
Conforme o vice-governador, o empenho no valor de R$ 300 mil foi cancelado antes da polêmica criada pela oposição.
“Nós cancelamos antes. Acontece que o oportunista que viu o cancelamento acabou anunciando que havia sido autorizado o empenho, depois [anunciou] o cancelamento para gerar factóide. E buffet na Casa Civil sempre existiu. E existe por uma razão muito simples: representação. Quando chega uma autoridade externa, presidente, governador, ninguém vai ficar fazendo vaquinha. Mas nesses tempos de corona não existe mais nada disso”, garantiu.
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O vice-governador disse que a tentativa de politizar a crise do coronavírus é vil e que o momento pede união.
“O camarada que atira pedra em que está na condução desse barco, na verdade está atirando no próprio pé. Quer queiram, quer não queiram, o estado é conduzido pelo governador Wilson Lima. Não adianta o cara ficar roendo o casco pra dizer que o buraco foi causado pelo Wilson. Afunda todo mundo do mesmo jeito. Nesse momento, a união é o mais necessário. Ficar aterrorizando só deixa pior a situação das pessoas que estão com o psicológico abalado ou destruído. Ajuda muito quem não atrapalha”, concluiu.