Racha na greve dos professores dificulta negociação com governo
Neuton Correa
Publicado em: 29/04/2019 às 22:09 | Atualizado em: 29/04/2019 às 22:52
Com baixa adesão, após duas semanas de paralisação, a categoria dos profissionais em educação está claramente dividida. O racha já dificulta as negociações com o Governo do Estado e impede que as aulas voltem à normalidade nas escolas estaduais.
A fragmentação do comando ficou evidente a partir de documento assinado nesta segunda-feira (veja foto) após reunião entre os representantes dos movimentos grevistas e o vice-governador Carlos Almeida Filho (PRTB).
Interlocução com ruído
Enquanto o Asprom Sindical apresentou os nomes dos professores que irão acompanhar a comissão de técnicos da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) nos estudos de viabilidade econômica para verificar perdas salariais, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) ainda vai realizar assembleia para definir seus representantes, retardando o início de um processo que deveria acontecer o quanto antes.
Da parte do Governo do Estado há disposição em resolver o impasse de modo que seja bom para a categoria, segundo afirmação do vice-governador:
“O governo não vai barganhar perda dos professores. E se houver perdas que não foram computadas pela Secretaria de Educação e nós tivermos como repor, dentro do que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal, nós iremos fazer”, afirmou Almeida Filho.
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Ele disse ainda que o Governo do Estado aguarda uma posição conjunta das representações sindicais para enviar à Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM) o projeto de lei que assegura o ganho imediato de 3,93% aos professores, percentual referente à reposição da data-base anual.
“Precisamos do aval de vocês em conjunto para enviar para a ALE-AM o projeto de lei que concede o ganho imediato. E se houver necessidade de nova reposição nós faremos, mas via outro projeto de lei”, disse o vice-governador.
A proposta dos trabalhadores da educação é na faixa de 15%, somados data-base e ganho real sobre o salário.
Foto: BNC Amazonas