Após a confirmação feita pelo Governo do Estado do massacre de 57 detentos, em 24 horas, em quatro unidades prisionais, o Amazonas receberá auxilio federal.
Com a crise instalada, o governador Wilson Lima (PSC) conversou com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e recebeu a garantia de reforço da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária para os principais presídios do estado.
“Acabei de falar com o ministro Sérgio Moro, que já está mandando uma equipe de intervenção prisional para o estado do Amazonas, para que possa nos ajudar neste momento de crise e um problema que é nacional: o problema dos presídios. A qualquer momento a equipe de intervenção do Ministério da Justiça desembarca no estado para nos ajudar”, disse o governador.
Maior da história
Nesta segunda-feira, dia 27, durante as intervenções da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1), Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), foram encontrados 42 detentos mortos, todos com indícios de asfixia.
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Foram 27 mortes no Ipat; cinco no CDPM 1; seis na UPP e quatro no Compaj.
Somados com os 15 presos mortos ontem no Compaj, o massacre já é considerado o maior da história penitenciária do Brasil entre presidiários.
Há ainda registros de quatro feridos que estão recebendo atendimento em hospitais.
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Investigações
A Seap disse que já iniciou investigações para identificar os responsáveis pela ocorrência de domingo.
As mesmas medidas serão tomadas em relação às mortes registradas nesta segunda-feira, segundo o órgão. Os resultados dessas apurações serão encaminhados à Justiça, informou.
A secretaria também divulgou que vai adotar medidas disciplinares nos presídios, a exemplo do que já fez no Compaj.
Foto: BNC