Reforma da Previdência conhece seus adversários declarados

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 22/03/2019 às 18:11 | Atualizado em: 22/03/2019 às 18:11

A reforma da Previdência já tem seus adversários declarados. São petistas, comunistas e socialistas com apoio do PDT.

Seis partidos de oposição ao governo decidiram, nessa quinta-feira (21), lançar uma frente contrária à reforma da Previdência (PEC 6/19) na próxima terça-feira (26). São eles: PDT, PT, Psol, PSB, PCdoB e PCB. As informações são da Agência Câmara Notícias.

Para o líder do PDT, deputado cearense André Figueiredo (foto), a decisão marca uma reunificação dessas legendas que formaram blocos separados logo no início da legislatura, sendo que o PCB não tem representação na Câmara.

Juntos, eles têm 132 votos na Câmara e são necessários 308 para aprovar a reforma em plenário.

A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirma que os votos necessários para barrar a reforma virão de outros partidos.

“Buscando outros parlamentares, independentemente de suas legendas, além de uma grande articulação com a sociedade brasileira para construção de um grande movimento cívico nacional.”

Para André Figueiredo, o saldo da reforma é bastante negativo para os trabalhadores em geral.

“Da maneira como foi proposta, a reforma vai causar um grande malefício à base da pirâmide, às pessoas que não têm mais o que perder porque já perderam tudo. Então temos que fazer essa grande articulação e esses partidos estão extremamente unificados nessa ação.”

 

Deficit público

Mas o governo tem afirmado que a reforma previdenciária não seria uma opção. O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem destacado a situação das contas públicas e alertado para necessidade da reforma.

“Para retomar o crescimento econômico, recuperar a estabilidade fiscal e, principalmente, evitar o colapso do regime previdenciário brasileiro”.

Guedes ressaltou ainda que todas as aposentadorias e até mesmo os salários dos servidores públicos estariam em risco.

“Porque o Estado está em ritmo acelerado rumo à insolvência.”

A reforma da Previdência pretende economizar R$ 1 trilhão nos próximos dez anos.

 

Foto: Reprodução/Site do deputado André Figueiredo