Rio sob intervenĂ§Ă£o militar e Temer criarĂ¡ MinistĂ©rio da Segurança

Publicado em: 16/02/2018 Ă s 03:46 | Atualizado em: 16/02/2018 Ă s 03:49

O presidente Michel Temer decidiu no inĂ­cio da madrugada desta sexta-feira, 16, decretar intervenĂ§Ă£o na segurança pĂºblica do Rio de Janeiro.

O ExĂ©rcito passarĂ¡ a ter responsabilidade sobre as polĂ­cias, os bombeiros e a Ă¡rea de inteligĂªncia do Estado, inclusive com poder de prisĂ£o de seus membros.

O interventor serĂ¡ o general Walter Braga Neto. Na prĂ¡tica, o oficial vai substituir o governador do Rio, Luiz Fernando PezĂ£o (MDB), na Ă¡rea de segurança.

A decisĂ£o do governo federal contou com o aval de PezĂ£o.

Pela ConstituiĂ§Ă£o, cabe ao presidente do Congresso, EunĂ­cio Oliveira (MDB-CE), convocar sessĂ£o para que as duas Casas Legislativas aprovem ou rejeitem a intervenĂ§Ă£o em dez dias.

O decreto, que serĂ¡ publicado ainda nesta sexta-feira, tem validade imediata.

Enquanto a intervenĂ§Ă£o vigorar, nĂ£o pode haver alteraĂ§Ă£o na ConstituiĂ§Ă£o. Ou seja, nenhuma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) pode ser aprovada.

É o caso da reforma da PrevidĂªncia, que começa a ser discutida na segunda-feira pela CĂ¢mara.

Uma ideia Ă© decretar a intervenĂ§Ă£o e suspender seus efeitos apenas por um dia, para a votaĂ§Ă£o das mudanças nas regras da aposentadoria.

 

A decisĂ£o pela intervenĂ§Ă£o foi tomada em uma reuniĂ£o tensa no PalĂ¡cio da Alvorada, com a presença de ministros e parlamentares.

No mesmo encontro, Temer bateu o martelo sobre a decisĂ£o de criar o MinistĂ©rio da Segurança PĂºblica.

A proposta partiu do presidente do Senado.

NĂ£o se trata de uma ideia nova, mas ela foi desengavetada agora pelo PalĂ¡cio do Planalto na tentativa de emplacar uma agenda popular, a sete meses e meio das eleições.

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Fotos: AgĂªncia Brasil