No balanço da operação Dente de Marfim, nesta quinta (22), a Polícia Federal (PF) afirmou que as investigações encontraram nomeações e trocas de favores entre empresários e a Secretaria de Limpeza Pública (Semulsp), da Prefeitura de Manaus.
Para nomear parentes e familiares dos empresários na pasta da prefeitura, o secretário ainda receberia vantagens indevidas da organização criminosa, conforme a PF.
Contratos entre as empresas e a prefeitura na coleta de lixo e limpeza das ruas de Manaus faziam parte do esquema de corrupção, segundo o comando da operação. Dessa forma, há servidores públicos suspeitos de atuação nos crimes.
Empresa de limpeza pública, por exemplo, usava negócios de fachada para emissão de notas fiscais fraudulentas que eram apresentadas à prefeitura. Até escritório de advocacia fazia parte do esquema entre dez empresas já identificadas.
De acordo com a PF, entre 2016 e 2021, a organização faturou cerca de R$ 48 milhões, sendo mais de R$ 21 milhões só com sonegação de tributos federais.
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Crimes e bloqueio de dinheiro
A operação, conjunta com Receita e Ministério Público Federal, fez busca e apreensão em 34 endereços de empresas e pessoas suspeitas em esquema de corrupção, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e outros crimes que passam pelo setor público municipal de coleta de lixo e limpeza.
Além de apreender bens dos envolvidos, a operação bloqueou R$ 30 milhões das contas bancárias dos suspeitos.
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